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segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Sem Merecer

 Sem merecer, desprezo terminal do mundo

Ah! Triste pesar volver

O  fim entre meus emblmeas

Do parto de meus pecados a fuga

Réu que sou

Sem merecer, atroz julgamento

Não me poupa o mundo

Atira as pedras e o sarcasmo

E eu

Sem mercer, cabisbaixo

Choro a violencia dos verbos e substantivos

Cruza a flecha de dedos o coração

Desterra-me, os olhos afiados machucam

Ferido e desprezado

Sem merecer

Da cruz violenta que sussurro ultrajes

Subtrai o perdão da graça imaculada

Que tocando minhas chagas

Sem merecer

Não rasga as feridas

Mas cura meu coração envergonhado



C. J. Jacinto

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