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segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Pergaminhos de Sonhos

 



Quem dera-me ser poente entre estrelas

Fogo em crepusculos especulativos

Trágicos sonhos enrolados em lençóis úmidos

Tropeiros no vacuo da humildade

No frio do basalto e o cimento

Nas poeiras da molécula do esquecimento

Marmore sangrando vozes pálidas

Eu mesmo nas colunas de talco

Pois meu mundo não é um palco

Nem o estreito de Bering ou o canal de Suez

Apenas verme rastejante da sombra de Jacó

Meu destino é cume degradante pó

E se não se lembrarem de  mim em vida

Que me esqueçam noas tardes

   do "In Memoriam"

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