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terça-feira, 8 de junho de 2010

DERRAMAR...



Vi meus próprios olhos chorarem

As lagrimas de outros,

A dor dos que se foram

E não deveriam morrer

Vi minha alma chorar

O lamento dos pequeninos

Crianças que perderam o sorriso

Na escuridão do passado

Vi meu espírito gemer

O sufocado ar da angustia das pessoas

Que aprendemos amar

Sem ao menos conhecer,

Mas sou um humano na humanidade

Sou parte de um todo

E cada um parte de mim mesmo

Isso é algo transcendente

Mas eu vi meu coração gritar

Fazer coro com os pais que perderam filhos

Filhos que perderam pais

Amigos que perderam amigos

E o meu ser se derrama como o cálido mar

Como aquelas noites quase eterna

Nas distantes terras do frio

Se fundem entre o espaço e o gelo

Eu choro por mim mesmo

Essa dor aguda que penetra em mim

Ferida aberta pela sensibilidade

Por me considerar um todo com a humanidade

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