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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Pensamentos portáteis




Carrego dentro de mim, mundos
Guardados em baús de papeis
Imagens e espelhos, pensamentos
Bolhas efêmeras de cores vagas
Num eterno mundo de faz de conta

Tenho um esconderijo aceso
Cheio de ideias e imaginações
Carrego dentro de uma alma vazia
Levo minhas memorias para onde vou
Descarrilhadas do trilho frio da loucura

Meus vagos pensamentos são leves
Palhas de minha que fogem do fogo
Jóias debulhadas, futas empalhadas
Idéias boas e outras inúteis
Guardadas num saquitel do homem avesso

Tenho pensamentos em forma de trovões
Sementes de idéias no campo da inspiração
Outras ainda vagam no deserto da futilidade
Uns se abrigam na ancora da fé
Mas a maioria parece cair no solo estéril.

Meus pensamentos são sementes flutuantes
Estrelas que cintilam no universo de dentro
Guardados nas cavernas do mundo mental
Bucólicas peças do teatro do ego
Encaixes do quebra cabeça de minhas histórias

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CLAVIO J. JACINTO
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