O homem foi a lua, que coisa!
Voou como Ícaro metálico, se foi
Mergulho na noite escura do espaço
Navegando no jardim das estrelas
Epopeia, a saga de um velho sonho
O homem foi a luz, que aventura!
Flutuando como anjo em asas de ferro
Fecundando o desejo da conquista
Penetra no infinito, na poeira cósmica
épico, a vasta face de um sentinela
O homem pousou os dedos na lua
Numa cidade furada, sem dó e sem rua
Num satélite morto sem água e sem vida
O pó andante na areia da praia tranquila
O vão triunfo, a conquista de que?
Aqui embaixo, a fome a assombra as crianças
O medo invade o quarto do fraco ancião
A miséria arrasta as almas á tortura
O mal predomina, verdade nua e crua
E os astronautas não trouxeram a solução da lua...
Clavio Juvenal Jacinto
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