As asas azuis inflamam a primavera
O frescor dos perfumes da chuva
Oasis misterioso no deserto da alma
Caminhos áridos do ser interior
Borboletas entoam o grito do amor
Combatendo nas portas da vida inflamada
Uma prece rustica e um eco vazio
Ai meu inverno! meu pensamento enrijece
A primavera solitária invade os prados
Se esconde num ramo seco de tomilho
Sorrindo aos rios caudalosos das montanhas
Num amparo seco no orvalho das violetas
Quem dera-me sonhar com saudosa solidão
A solicitude é meu estranho ente padecido
Porque as flores tomaram o amanhecer
Riscaram todo o campo, como um desenho cego
Clavio J. Jacinto
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