A terra brutal se assusta á sombra espessa humana
Ríspidos risos e sinistras devoções ao vil ego
As víboras invejam o drama dessas hordas tão infames
Demônios se assustam com tantas crueldades sombrias.
Alma de áspides, flutuam como as palhas do Gehena
Invasoras de corações abertos, endurecidos pelo mal
Na ravina, chora a moça no covil de seu destino cruel
O ancião sussurra aos ventos o caminho da maldade crua
Soa das balas o assobio tétrico, o canto do medo
Atinge o sentimento no intimo da fuga vã da criança
Em um valado, retumba a ressonância de uma misericórdia
Os estalos dos gravetos de aço, o chumbo maligno matam ela
AI, meu Deus! Como o mal é terrível na alma humana
Se os lençóis desse gelado e fúnebre sentimentos mortos
Não podem jamais despertar a essência da pura bondade
Como viverei entre os mortais da guerra, vendo a fome da morte ?
Ai meu Deus! Como é assustador o bramido do infante solitário
Da mamãe que cruza os braços da terra e beija o solo de Adão
Num piscar de estrelas, o lampejo das metralhadoras ferozes
O medo dos moços caem mortalmente feridos no desalento
Esse é o teatro do orgulho humano e a insanidade das mortalhas
Em vão protesta meu coração, sucumbe meu ser na dor
Quero ir embora, pra mesma senda, que foram os sofredores
Porque donde ceifam as vidas , ali nascerão as rosas mais eternas.
Clavio J. Jacinto
Babi Yar :Local na Ucrânia conhecido pelo massacre de judeus e russos por nazistas durante a segunda guerra mundial
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