Quem dera-me, muito prantear por ti
Regar as areias na penosa dor humana
Onde o rosto infantil não mais sorri
Porque da luta e da fuga ergueu o silencio
Os pilares da esperança caíram
As mãos feridas de um infante ferido
Os céus, testemunhas dessas dores
Homens duros, ceifando perfumes
Os gritos selvagens e outros suaves
Infantes perdidos, choram desconsoladas
Perdidas na fuga, lapidadas na dor
Nas areias do deserto de Der Zor
Minha voz glacial aqui tanto chora
As chagas desses meus pequenos irmãos
Fugindo das laminas e do ódio pungente
Nas secas pedras desse mundo tão vil
Um povo quebrado, bebe do mar negro
Quando as nuvens caridosas já se foram
Crianças brincam com as estrelas da noite
Exiladas em um mundo de tantos espantos
Vem homens! chorem por vossos filhos
O tempo passa, a dor deixa os rastros
Uma trincheira aberta na civilização
As sendas das folhas vermelhas, sem juízo
A sombra do Armagedom implora por vós
O espinho da dor clama, diante desse terror
Infantes solitários rasgam o coração atrito
Ali no deserto humano, o ermo de Der Zor.
Clavio J. Jacinto
Der Zor foi o destino de muitos armênios, durante a era que sofreram o genocídio (Primeiras décadas do seculo passado) Para lá marcharam muitas crianças, era uma marcha para a morte e a desolação...
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