Morreu a noite e nasceu o dia
Nos campos o vento sopra
Névoas da manhã escondem a relva
Perfumes das estepes, barulho dos rios
Cantam os pássaros depois do galo
A madrugada é filha órfã da noite
No verde das campinas a rosa desabrocha
Como estrela sem rumos siderais
Outras flores cantam um consolo
Num instante de violetas e jasmins
Pois as pérolas moram tão longe
Nas magoas frias de um mar revolto
Quando a manhã chega no jardim
As abelhas dançam nas esferas coloridas
Borboletas em pouso tão suave
Beijam a face decorada de todas as flores
Nesse sonho de destinos eternos
Campos e jardins proclamam a vida
Nós pobres e límpidos homens descalços
Sorrimos diante do belo, com cocegas no coração
Clavio J. Jacinto
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