Quem me dera fosse à simplicidade
A doadora de nossa felicidade
As flores do campo seriam nossos tesouros
As nuvens seriam nossos brinquedos
As estrelas iluminariam os nossos sonhos
Da noite não teríamos medo
As chuvas seriam lindas canções
Dos ventos, as cócegas que fariam sorrisos
O pão na mesa a grande gratidão
Descalços tocaríamos os fundamentos da terra
Nossa imaginação livre escorregando
Pelas montanhas das mais altas serras
Ah, doce simplicidade! Quem me dera
Que alumiasse os equinócios da primavera
Numa chama fria de auroras boreais
Que da humildade nasce a mais pura paz
E nós em tão tremendas rosas de alegrias
Seriamos felizes sem precisar de coisas a mais
Tocaríamos no mato molhado das chuvas
Não temeríamos nem os temporais
As nevoas seriam os mais lindos véus
Que dos trovões nascem os lindos arcos no céu
Ah, o canto dos passarinhos e cigarras afinadas
Pra sermos felizes, não precisamos de mais nada
Apenas a simplicidade e um sentimento grato
Os olhos cheios de ternura de um coração farto
Pois dos perfumes que vem da hermética floresta
O refrigério das
sombras por entre arestas
Dos íngremes olhares dessa vasta contemplação
A felicidade nos chama e estende suas mãos...
(Clavio J. Jacinto)
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