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terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Naufragio


Quando percebi minha alma naufragada
No fundo de minha imaginação possante
Que viscerais eram os fundamentos de meu ser!
Ébrio com aromas de tangerinas
Nau possante debaixo do molho tártaro
Incrustado estão meus sonhos de esmeraldas
Sorrindo no inebriante perfume das gencianas
Senti-me flutuante como as aves do Éden
Nos fundamentos das perolas e moedas antigas
Nas turbulências intimas desse mar Cáspio
Onde o alvorecer não toca suas harpas natalinas
Deixe-me lembrar que as flores ranças do limoeiro
Apenas recalcam as minhas sonâmbulas palavras
Até que das montanhas do norte soprem
As cozes de todos os pesadelos
Para que despertem meus sentidos


 CJJ

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