Quem destila
as chuvas desses olhos cansados?
Na véspera
de todos os santos se derrama na cova
Como nuvem
carregada de alma de todos os mares
Num terraço
de ondas que naufragam na areia
Que os
vendavais mais atrozes sopram na dor
Como
Jeremias que chora nas ruas de Jerusalém
De tais
angustia sorve a terra de tantas águas
Até os confins
nas profundezas das chagas
E nesses átrios de tantas tristezas que escoam
Num tanger
de harpas que ecoam imortais
Nós somos
convocados por futuras esperanças
Nas portas
da vida que procuramos achar
Nesse
labirinto de caminhos a percorrer
A luz celeste
brilha mais forte dentro de nós
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