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sábado, 25 de janeiro de 2020

A Noite


A Noite

Em teus átrios as estrelas são suspensas
Cantarolando em vozes de brilhos na escuridão
Tais luminárias incandescências portuárias
Nas ínfimas constelações desse agitado cais

Nesse oceano de cores calmantes
Arrebata meu coração ao espetáculo sublime
Nos jardins suspensos de meus medos
Entrelaçados nos pilares desse supremo cume

Quantas vezes minha voz árida implora
Nos estribilhos da madrugada congelada
Plácida como a rosa despida de seus aromas
Fria com mármores que flutuam no orvalho

Tenho que sozinho seguir ao pórtico polar
Nessa vastidão de toda a minha solidão
Aprendi a sofrer, porque os sonhos mais puros
Curam as feridas mais profundas do coração



Clavio J. Jacinto

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