A erva roseira bradou em agonia feroz
Os espinhos atrozes desses campos mortuários
Que ferindo a face tão ferina e atroz
Profanou os perfumes do meu intimo santuário
Das tempestades que assolam os homens
Os botões que desabrocham em medos
Taciturnas lapides dos mais densos nevoeiros
Que assombram a véspera que se desperta
cedo
Desperta vivente! Desperta pra turbulenta vida
Com risos nupciais dessas fontes efêmeras e nasais
No susto tremulo que na porta da vida
tão pálido jaz
E
quando abrirem-se os celestes e sacros portais
Nesses pomares dóceis e seus singelos arranjos
Vislumbrarei em aquarelas, a primavera dos anjos
Clavio J. Jacinto