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quinta-feira, 12 de abril de 2018

AMANHECER


AMANHECER

As lutas da noites estão enfurecidas
Nas caladas do escuro véu de todas agonias
As aragens derramadas nas nevoas frias
Minha alma treme e teme
Assombros se escondem nas sombras
Um mistério que detona o medo
Nesse rosto sem face do enredo
Uma folha de papel manchado
Da lama feita de meus pecados
Quem dera-me apagar esses sustos
Dessa alma que assusta o luto
Eu me derreto em aguas lacrimais
Falta aquele perfume de silenciosa paz
Numa penha e as pedras brutais
De terremotos e a coragem que jaz
Agoniza minha alma a temer
Livre das trevas é o meu querer
Dessa madrugada de assombrações
Meus pecados e severas punições
Quando em um limiar da noite vejo
Aquela bendita estrela e seu lampejo
É a alva da manhã, tão bela estrela
Minha alma se alegra, não posso conte-la
Vem sobre os montes brilhando
E meu rosto vazio vai se iluminando
É o sol da justiça aperecendo
A luz sobre as trevas prevalecendo
E eu em grito sorridente
Alcanço a glória de um novo dia
Transformado pela luz que alumia
A minha vida, a alma e o coração
E em paz vou descansando
Em tão bendita aurora á despertar
E de todos os grilhões do medo
Da liberdade de viver
Entre o tempo e a eternidade
Infinito e brevidade
Escondo-me no fulgor da verdade
Amparo pra minha alma restaurada.

Clavio J. Jacinto


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