As amargas danças do vento que sopram
Derramam a morte pelas vias infantes da ignomínia
Oh, plácidos homens intoxicados!
Não enxergastes que Alexandre o grande
Cedo tombou no pó?
Que a vaidade é monumento aos vermes?
Se o de mostarda fez as almas dormirem no relento
O que será dessas crianças adormecidas no cais
Onde sopra o sarin, como nebulosas do inferno?
Até quando ouvir esses tambores
A dança dos homens fracos buscando Um falso poder
Não foi neblinas das manhãs essa fumaça sinistra?
Não! Não são de
estrelas queimando de amor...
São bombas jogadas por almas de palha
São nuvens de um grande vomito sarcástico
Daqueles que a morte tanto ri na tumba
Pois todos esses são homens breves,
Acorrentado pelo próprio ego incompassivo
Pudera-me dizer com calma
A alma quanto mais ímpia é
Mais voraz será o fogo do juízo
Quando não se apagará nunca
Sobre a consciência turva desses obscurecidos
Desses que não se dobraram ante a tranqüilidade
Que nunca amaram a simplicidade
E semearam bondade com um cálice de amor.
Clavio Jacinto
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