Quando as minhas lâmpadas
beijarem o fogo
Como relâmpagos que osculam com a
terra dos viventes
Estarei eu com meus olhos diante
das chuvas
Como vasos de mármore nas alturas das montanhas
Bebo eu do liquido destilado das
nuvens
Sem ver os frutos da alma do
outono perene
As queixas dessa alma cansada
passarão
Como rastros de estrelas que
descansam na aurora
Eu prostro-me diante da compaixão
das estações
Onde as rosas mais humildes são
coroas de ternas alegrias
Ai “meu Deus” que das vestes do
meu temor
Aconchegou-se meu coração
alimentado por fé
Entre as palhas das minhas obras
queimadas
Cinzas fertilizantes todas as
minhas aspirações
Mais de suave vento, sobrevôo
entre tantos lírios
A magnitude do amor no amparo
após um madeiro
Onde tumbas frias recolhem as
lagrimas de todos os invernos
Do acender das chamas da voz
voluntaria
Que ordena a vitoria sobre todos
os desamparos da morte
Vou flutuando com braços abertos
ao viver
Não temerei esses cânticos
noturnos
Mas flóridas ilhas de todas as
minhas esperanças
Abraçarei eternamente a alma
aconchegante
Do verdadeiro e eterno amor.
(Clavio J. Jacinto)
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