quinta-feira, 19 de abril de 2018
A ALMA DA CIVILIZAÇÃO
A Alma da Civilização
Ervas quânticas em siderais imaginações
Alastram suas raízes na alma vazia
Pobre homem do futuro incerto
Nas suas chamas atômicas, se aquece
Uma fabula conta os pães da incerta sabedoria
Um fel derrama sobre suas vãs filosofias
Porque dos desastres se embrutece
Das vozes impunes que enaltece
Das póstumas matizes do grito primal
A voz esférica do choro algoz: juízo final
Nas espadas que das feridas abertas ecoa
A arte do sangue a morte que mais ressoa
Um vão vaidoso sermão que da falacia emana
Que ao coração incrédulo muito mais engana
Tal mundo em densas volúpias de destruição
Eis o progresso dessa iníqua civilização
Pobre alma do futuro incerto
No aço retorcido e nas cinzas da noite
Abrigo nas pedras ruínas da devastação
Assim o mundo sem Deus abraça o caos.
(Clavio Jacinto)
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