UM MORTO NÃO ABRE A PORTA
Tu olhastes pra dentro de meu cadáver
Estava morto em meus pecados
Como lazaro em silencio inerte
Amarrado no meu silencio frio
A porta que batias, não era a minha
Um morto não pode cear
Estava eu na sonolência de um jazigo
Pobre cego e eterno fastio
Mas nessa triste condição de morto
Por dentro da escuridão que fenece
Nas masmorras úmidas que alma padece
Eu mesmo mudo e morto jazia
Viestes Senhor com a voz da vida
Com o poder da ressurreição
Fendesse a pedra do meu sepulcro
Soprasse sobre mim a regeneração
Abrisse a porta da minha morte
Mudasse as chaves e a fechadura
Doasse por ti mesmo a vida abundante
Rompestes com minhas ataduras
Agora eu após redimido vivendo
Ouço uma voz e um toque batendo
É chamada bendita do Cristo amigo
Pedindo que abra a porta-quer cear comigo
CLAVIO J. JACINTO
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