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quinta-feira, 12 de abril de 2018

UM MORTO NÃO ABRE A PORTA


UM MORTO NÃO ABRE A PORTA


Tu olhastes pra dentro de meu cadáver
Estava morto em meus pecados
Como lazaro em silencio inerte
Amarrado no meu silencio frio

A porta que batias, não era a minha
Um morto não pode cear
Estava eu na sonolência de um jazigo
Pobre cego e eterno fastio

Mas nessa triste condição de morto
Por dentro da escuridão que fenece
Nas masmorras úmidas que alma padece
Eu mesmo mudo e morto jazia

Viestes Senhor com a voz da vida
Com o poder da ressurreição
Fendesse a pedra do meu sepulcro
Soprasse sobre mim a regeneração

Abrisse a porta da minha morte
Mudasse as chaves e a fechadura
Doasse por ti mesmo a vida abundante
Rompestes com minhas ataduras

Agora eu após redimido vivendo
Ouço uma voz e um toque batendo
É  chamada bendita do Cristo amigo
Pedindo que abra a porta-quer cear comigo

CLAVIO J. JACINTO 

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