Entre sombras repousas tu velho profeta
Quebrado entre os carvalhos da velha floresta
Antros de medos e mentiras do mundo
Nas pedras os sábios caídos escrevem “não há DEUS”
Todos tropeçam nas fagulhas de fogo nu
Vossos filhos choram as sentenças da incredulidade
É o mundo depois de Adão, terra de Caim
As vozes de mil crianças gritam na rua em ruínas
Entre as sombras repousa o velho profeta
Correm e falam no campo das violetas
Nas trilhas dos cipós de aço, veias das informações
E eu olho de cima da torre
Outrora eram os vigilantes que anunciavam o juízo
Hoje tento soprar sobre as brasas do amor
Porque entre os falidos remanescentes
Dos tempos de Enoque
Nefilins rastejantes na batalha dos mortos
Eu corro entre as flâmulas do amanhecer
Quem Dersa que o mundo perdido
Queimasse , mas somente com o fogo do amor
Mas está frio esse chão de sonhos
Nele adormeço, pensando na eternidade de meus filhos...
Clavio J. Jacinto
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