Solitário
desce aos confins do mundo
Num
candeeiro a flama das palavras
Nos sofridos
passos do martírio ambulante
Numa voz
tremula no verniz da angustia
Não cedem as
dores da feroz solidão
Na intrépida
sombra do salgueiro
Áurea luz de
candeias que queimam
Alumiando a
face robusta do pio profeta
Sacode
o mundo inteiro a súbita sentença
Nas
recamaras secretas da transcendência
O fio que
tece o conflito contumaz
Nesse tênue
alvoroço todas as desavenças
Nem sequer a
plebe ruidosa mais pensa
Dos corações
contritos das almas temporais.
0 comentários:
Postar um comentário