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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

A FOME DA ESPERANÇA




As nuvens seqüestraram meus tesouros perpétuos
Esse oceano de lágrimas na distopia de relógios
Mananciais de sonhos sonâmbulos quebrados
Eflúvios da eternidade totalmente derramada

Eu pobre personagem desses postulados
A recolher fragmentos desses pergaminhos infinitos
Engulo aos poucos essas frações do tempo
Para alimentar o fiel desejo de viver pra sempre

CLAVIO J. JACINTO

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