Peregrinação Vital
Quando teus sonhos num elã, flui aos ventos
Nas catedrais de estrelas em reluzentes vagas no céu
Voa a tarde que do crepúsculo fugiu no adendo
Permanecendo nos átrios da madrugada adentro
Que eu vi a vida minha nesses pampas desmontados
Como erva seca que procede dos olhos do eremita
Nas pálpebras da alma as núpcias de meu padecimento
Num cálice sorvido por furacões remorsos e adestrados
Numa lamentável noticia dessas de doer o coração
Num terminal de turbilhões de vozes que silenciam
Nas algemas de gelo tais como assolações invernais
No drama das rotinas que semeiam nosso chão
Que deveras a face recolhida de certos lutos
Do embrião que peregrino vai tosco até a sepultura
Que respirar do alento dessa brisa chamada (a vida)
A morte mais sutil descreve que a vaidade tem seus frutos.
Clavio J. Jacinto
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