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sexta-feira, 13 de setembro de 2019

As Mãos invisíveis da Ilusão


As Mãos invisíveis da Ilusão

Deveras fui alma  branda e tênue
A vagar na vida e tão incompreendido
Fugaz nas rotas bambas que tomei
Intranqüilo na foz de muitos despenhadeiros
Todas essas torrentes de naus pensantes
Sou árduo insólito caminhante
Irascível nas rotas e outras serras
Sonâmbulo e indiferente nesse torpor
Amigo  de tantas vaidades, pêsames da infelicidade
Todas as noites os sonhos aprisionam-me
Em falsas esperanças que borbulham na escuridão
Os laços de loucura quase me prenderam
Mas a aurora! Oh doce aurora
Veio pungente e replicou todas as ilusões
E me vendo tão sujo e mais pegajoso
Alma lamacenta apegada ao pó
Clamei aos céus por mais divina  luz
Pois agora muito mais careço com urgência
De mãos puras que imaculem meu coração.


Clavio J. Jacinto

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