As Mãos invisíveis da Ilusão
Deveras fui alma
branda e tênue
A vagar na vida e tão incompreendido
Fugaz nas rotas bambas que tomei
Intranqüilo na foz de muitos despenhadeiros
Todas essas torrentes de naus pensantes
Sou árduo insólito caminhante
Irascível nas rotas e outras serras
Sonâmbulo e indiferente nesse torpor
Amigo de tantas vaidades,
pêsames da infelicidade
Todas as noites os sonhos aprisionam-me
Em falsas esperanças que borbulham na escuridão
Os laços de loucura quase me prenderam
Mas a aurora! Oh doce aurora
Veio pungente e replicou todas as ilusões
E me vendo tão sujo e mais pegajoso
Alma lamacenta apegada ao pó
Clamei aos céus por mais divina luz
Pois agora muito mais careço com urgência
De mãos puras que imaculem meu coração.
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