Os "ais" dos homens são grãos lacrimais
Sementes que saem do celeiro dos olhos
Debulhas de ânsias no pavor do grito
São germinais em tais colossos, insisto"
Que das cordas bambas da face caem
No chão da vida e no pó do campo batido
Nas cálidas calvas do deserto seco
No eco das chagas e fraturas dos sentidos
Que sem as chuvas e choros de libélulas
Jazem os grãos agonizantes nesse duro chão
Nas flamulas da pura vida que desabrocha
No sulco ferido em teias calmas de escuridão
Os "ais" das lagrimas caem adormecidas
Como amargo glaciais de inversos melíficos
Que do auge desse gutural charco mais grito
São suspiros agrilhoados nas temperas, insisto
Que dos grãos vastos na borda dos olhos caem
Por deslizes de faces coradas por quedas seguem
Até o pórtico do chão dessas terras de desavenças
Para que ao menos em nós amadureça a esperança
Clavio J. Jacinto
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