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quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Relva no Horizonte


Que sombras eram essas por trás de mim
Se as selvas de meus sorrisos
Partiram em fragmentos torrenciais
Como as chuvas furiosas que semeiam
A alma tranquilo do mar do avesso

Quando mais naufrago é meu sofrimento
Mais silencioso é são meus arcos sem flecha
Quem sairá ferido desse jogo de palavras
Se as nevoas, como alma de pinceis de Van Gogh
Atropelam a visão epica do meu horizonte

Assim como o sol vai embora os estradas sem fim
Na sombra repousa como réu nas cadeias da noite
Eu escondo a minha alma entre parenteses
Quero um refugio, porque tais naufragios me assutam
Estou perdido nas entrelinhas no adeus

Quero ir embora ao descanso derramado
Como filamento de estrelas na náusea dos anos luz,
Eu sofro calado as feridas do enigma da vida
Quando for curado, dessas paginas de mistérios
Escreverei mil provérbios e um conto inacabado 


Clavio J. Jacinto

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