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sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Primavera de todos Meus Momentos


Perfumes de todas as manhãs da minha alma
Solitários lírios de meus ribeiros
Córregos de orvalho de minhas manhãs
És tu, que adormece comigo em noite suave

Tu que abristes a madre aos meus herdeiros
Que na sombra de cerejeiras recolhes o mel
Em rios caudalosos de doçuras, vem teus sorrisos
Como luz dourada no vale dos sonhos

Ouro sai de tuas mãos em tantas obras
Teus lábios são cálices que saciam a minha alma
Por onde andas, semeias rosas e jasmins
É primavera sempre meu coração por causa disso

Vem cantar com as estrelas, a tua canção
Nossos filhos adormecem no luar desse alento
Por mil cruzamento passei nesses oceanos
Mas em ti encontrei deveras, um porto seguro

Clavio J. Jacinto

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Meu Deserto

Estou frustado com meu presente
Pois fui vitima de minha ignorância
Esmagando as sementes das flores

Hoje apenas preciso de mias coragem
Para atravessar meu próprio deserto
Porque os outros não permitiram passar

Pelos seus jardins...

Clavio J. Jacinto

Humanidade

Toda a desolação que a humanidade enfrentou durante toda a sua história, foi consequência do pecado ter triunfado no coração do homem.

Clavio J. Jacinto

Fim de Ano

Fogos de artifícios
Alegram o coração do homem artificial
A luz que traz felicidade
Não se apaga e nem é intermitente

Os homens se alegram por um momento
Mas os que se encontram no leito da dor,
Como podem sorrir e abandonar as magoas?
A humanidade está dividida em alegres e sofredores

A forma de ser feliz é ser grato
Cultivar a simplicidade do contentamento
Se o homem tem o direito de ser feliz,
Não é pela via de seu egoismo rebelde

As festas anestesiam os homens
O luto faz cada um refletir
Mas a alegria inconstante é como o mosto forte
Anestesia o homem na sua condição de caído

Que Deus nos ajude a refletir
Que a amor e a gratidão ainda devam prevalecer
No meio de uma sociedade de contradições
Porque o mundo ainda jaz no maligno

Todavia uma voz precisa clamar nesse deserto de festas
Onde pessoas das profundezas da magoa
Emergem por um instante
Como o sol nórdico desponta a meia noite

Que aquela luz verdadeira possa se expandir na vida
A luz do mundo que tanto sofreu por nós, que é Cristo
Não para que tenhamos somente um ano novo feliz
Porque mais que isso, Ele quer nos dar a eternidade

Clavio J. Jacinto

domingo, 24 de dezembro de 2017

Enoque


Bebi do cálice bendito de todas manhãs
Feliz está minha alma na graciosa luz
Quando encontrar o jardim da paciência
Serei hospede de tão puro segredo

Que os caminhos como tais espetáculos 
São universos luminosos de entardecer
Onde o coração bate sem gemidos
Porque eu mesmo sorvi das taça do sorriso

Quem me dera ficar tão só
Como as folhas ao vento, em suave toque
Pois Nesse caminho pio de solitude
Tem as marcas profundas do patriarca Enoque


Clavio J. Jacinto

Semeador de Esperança


Cresce a erva no campo
Cresce a esperança em mim
Nasce as flores no campo
A rosa desabrocha no jardim

Acesa está a alva
No rosto a esperança que senti
Entre palavras sábias 
Face iluminada que sorri

Se o canto é como a erva doce
Se a aflição é como o limão
Não cresce a amanhã em nós
Se a luz não chega ao coração

Tudo tem seu tempo determinado
Bonança e tempestade a rugir
Se as montanhas não desfazer o vento
O  mar bebe todas as chuvas

Quando enfim no cruzamento da vida
Acelerado o tempo do fim
Semeei o evangelho no caminho
Colhi a eternidade pra mim

Clavio J. Jacinto

Cais e Sombras


Quão escura e assombrosa a noite é
Mal posso ver o caminho diante de mim
Dá-me Senhor uma luz
Pois grande e dificil é o meu destino

Quão intenso é a nebulosidade no coração
Não vejo um palmo a frente de mim
Dai-me Senhor uma fagulha de brilho
Peregrino sou na noite da vida

Por mais tenebrosa que seja mistura das chuvas
Com nuvens turvas e sombras assustadoras
Dai-me Senhor uma lampada
Para minha alma não se despedaçar no cais

Quando fim ver que meus olhos enxergam
Aquele farol de luz verdadeira
Entregarei meu coração ao Teu coração
Para que sempre possa me aconchegar em tua luz

Clavio J. Jacinto

Certezas na Noite


Quando vi aquelas luzes coloridas ecelestes
Restos veniais de chamas reluzentes dos sertões
Como almas sobreviventes de um jardim de fogo
Eu lembre-me que era o céu no terraço dos olhos

Nas veredas eternas do do aconchego do cruzeiro do sul
Entre diamantes puros e misterios não desvendados
Nos caminhos não resolvidos do sem fim do universo
Ali meus olhos me conduziram na noite mais secreta

Coração arrebatado ao vento
Como um caminho que eleva a alma
O caudaloso imenso de constelações
Minha imaginação dança

Quando enfim contar cada fagulha de cada  luz
Minha alma se incendiar por tão grande esperança
Nas certezas que nos cercam por tantas maravilhas
Repousará a minha alma na grandeza da criação

Clavio J. Jacinto

sábado, 23 de dezembro de 2017

Depois da Tempestade


Quando todas as nuvens descarregarem
Em furiosas chuvas e sombras
Não fugirei, mas serei mar aberto
Não deixarei minha alma naufragar

Quando em deserto insano me encontrar
Na rua dos esquecidos ficar sozinho
Não chorarei pela dolorosa solidão
As estrelas serão companheiras

Quando em incertezas e decepções viver
Num lamaçal de dificuldades andar
Não lamentarei por tão indesejoso destino
Mas firmarei meus passos na fé

Muitas vezes a vida nos trás surpresas
Tudo a nossa volta pode torna-se em pesadelos
Mas todas essas coisas nunca podem impedir
Os mais lindos sonhos viverem dentro de nós.

Clavio J. Jacinto

Caminhante


Em ti, meu refugio
Vou como doce criança inocente
Pelos montes verdejantes
Tua mão forte é minha segurança
Eu não posso caminhar por minhas proprias forças
Toma-me em tuas potentes mãos
Me conduz com segurança
Onde minha alma tanto almeja chegar...

Clavio J. Jacinto

Náuseas de um Naufrágio


Vejo no sorriso a arte da felicidade
Na tristeza a forma aguda
Da mais humana agonia
Rostos tristonhos e almas moribundas
Foragidas dos palácios de barro
O homem é pó, alma escondida em poeiras
Um sufoco de náuseas do cansaço
Folego faminto
Espirito faminto em ansiedades
Mas a vida justa se refaz
Na consolação de ver os outros sofrendo

Clavio J. Jacinto

Universos Paralelos


Derramo minha alma no agora
Nesse espaço que os olhos alcançam
Piedade de mim tenho
Pobre que carrega tantos fardos
De sonhos tristonhos

Derramo o meu ser no presente
Nesse vale de faz de contas
Onde as ondas mais coloridas
Assustam as sombras mais noturnas

Espalhados esses espetáculos existenciais
Me deleito na ausência anormal
Que transparecem depois de todas
AS nevoas mais imaginarias

Calmo nesse caminho endurecido
Um rosto na infinitude da beleza e da feiura
Como aço que pariu tantas espadas
Tento me livrar de todas as faces incertas.


Clavio J. Jacinto

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

A Dor da Ansiedade

A Dor da Ansiedade

Preso meu coração está na ansiedade
Nas marés de angustia e ventos de incertezas
Quem apontará um caminho seguro pra mim?
Estou atormentado nessa lama

Tão pesado é esse fardo de preocupações
Tão temido é esse amanhã que não chegou
Em prantos carrego mil oceanos dentro de mim
Quão pesada é essa guilhotina de lagrimas

Sem porto e sem praia aos meus olhos
Os braços da alma sucumbem no ar das nevoas
Como ser sem sentido num mapa sem caminhos
Com as vozes encarceradas num pedaço de além

Quão possante é essa luta mais intima
Os pensamentos em batalhões lutando contra mim
Na flamula de uma pequena confiança, eu sopro
Até que se acenda uma chama dourada de fé

Em mil luzes que se espraiam no ser
Pouco a pouco encontro um porto bendito no instante
Com as mãos do amor pego nas cordas da graça
Prossigo seguro, firme e feliz em meu Deus confiante

(Clavio J. Jacinto)

Imagem e Semelhança


Idéias não são fenômenos químicos, porque ideias expandem o mundo e cria novas realidades
As idéias são reflexos de uma imagem elevada, que apontam para a mais sublime transcendência: a de que fomos feitos a imagem e semelhança de Deus

Clavio J. Jacinto

Falhas e Defeitos


O mal que do erro nos vem
Que persegue e nos detêm
Grudado no nosso intimo ser
Falhas, faltas e tantos defeitos
Nos subjuga tanto tortura
Como se não tivesse mais jeito

O mal do erro em nós
Do abominável que tanto abominamos
Do maldito que amaldiçoamos
Da liberdade que pouco vimos
Da perfeição que ainda não temos
Ainda aqui em dificuldade e não seremos

Lutamos atados e desfeitos
Nossas falhas, não somos perfeitos
Mas nossa carga é tão pesada
Quando os mais imperfeitos nos julgam
Sendo tortos, exigem o direito
Tão falhos e exigem o perfeito
Oh! terrível sofrer.


Sendo nós tão cheios de faltas
Suportamos as nossas condutas
Fizemos disso a nossa luta
Mas de tudo o que nos faz gemer

É ter sempre uns que nos apontam
O homem que se faz mais canalha
É aquele
Que sendo tão mais imperfeito
Nunca aceita as nossas falhas.


As Virtudes do Amor


O amor não é uma reação química mas um sentimento de transformação pessoal. O amor é uma virtude de poder duradouro. O amor abre o caminho para o ato heroico, faz germinar todas as sementes de compaixão, acende a alma para o universo da inspiração, o amor é o portal que pelo qual entram todas as virtudes, através do amor Deus deu o maior presente para a humanidade, e através do amor, muitos homens voltam a gloria da criação pela redenção perfeita de Cristo.

Clavio J. Jacinto

Ai de Mim...

Onde as lamentações nasce
O perfume dos pesares voam
Nos colapsos dessas amarguras vivas
Aventais de gelo que o vento leva

Mil vezes gritam as flores
Outras vozes se escondem entre arbustos
Enquanto a foice ceifa as deridas
As raízes fazem seus ninhos no fundo da terra


Clavio J. Jacinto

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

OUTRO DIA

Tomei o leito fértil de um sonambulo
Adormeci entre os varais da alma
Vagueando pelos cantos sem luz
Ate encontrar uma semente fértil de sonhos

Eu vi um véu de estrelas abertas
Uma porta vaga, entre dois pendões
O cumulo do sonho

Uma porta entre mil ventos
Soprava a alma da primavera
Fez secar a lama das minhas pegadas

Entre ramos de arvores apagadas
No sinal noturno de cânticos vagos
Despertei do momento entre fôlegos e suspiros
Era eu mesmo tentando viver outro dia

Clavio Jacinto

Relva no Horizonte


Que sombras eram essas por trás de mim
Se as selvas de meus sorrisos
Partiram em fragmentos torrenciais
Como as chuvas furiosas que semeiam
A alma tranquilo do mar do avesso

Quando mais naufrago é meu sofrimento
Mais silencioso é são meus arcos sem flecha
Quem sairá ferido desse jogo de palavras
Se as nevoas, como alma de pinceis de Van Gogh
Atropelam a visão epica do meu horizonte

Assim como o sol vai embora os estradas sem fim
Na sombra repousa como réu nas cadeias da noite
Eu escondo a minha alma entre parenteses
Quero um refugio, porque tais naufragios me assutam
Estou perdido nas entrelinhas no adeus

Quero ir embora ao descanso derramado
Como filamento de estrelas na náusea dos anos luz,
Eu sofro calado as feridas do enigma da vida
Quando for curado, dessas paginas de mistérios
Escreverei mil provérbios e um conto inacabado 


Clavio J. Jacinto

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Santa Presença


Aroma suave de balsamo em teus jardins
Oh, meu Salvador, em casa bendita
Conquistasse minha alma por tuas moradas
Desejo eu somente a ti
Meu tesouro escondido é a vossa esperança
Nada mais me resta
Senão uma entrega completa
A minha herança é a Tua Salvação
Até que consumada a chama da minha vida
Quando chegar a hora da despedida desse mundo
Possa eu esperançoso viver sempre
Numa fé celeste e imortal
Na tua perpétua presença.

Clavio J. Jacinto

Apocalipse das Ilusões


Vem a hora do deserto sem flores
Vem a hora do céu sem estrelas
Vem o dia do fim da paciência
O futuro sem um novo amanhã
É o juízo final dos pensamentos vãos
Porque a ilusão conduz a loucura

Vem a hora dos campos sem ervas
Vem a hora do mar sem aguas
Vem um futuro sem esperaça
O entardecer sem beleza
É o fim do mundo imaginario
Nas trincheiras abertas, morre a vaidade.


Clavio Jacinto

Visão


Cada um alcança o caminho
Que  sua visão alcança
E se não há perspectiva de um destino
Certamente é cego

Todavia, o destino não se oculta
Daqueles que se aventuram
A darem um passo mais certo
Com os olhos abertos

Clavio J. Jacinto

Perseverança


Não será vã a vossa batalha por um ideal elevado
Ainda que tombado na luta
Haverá um eco que se perpetuará
Pela bravura da boa intenção.

Clavio J. Jacinto

Mar Intranquilo


A imaginação é um mar intranquilo
A alma um navio corsário
Os desejos piratas rebeldes
Que assaltam a nossa dignidade própria...

Clavio Jacinto


Infinito


A eternidade não é um futuro distante
Os fios do tempo presente
Devem estar entrelaçados
Com a certeza de todas as coisas infinitas

Clavio J. Jacinto

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Sobre o Amor Verdadeiro


O amor faz com que o amanhecer seja eterno dentro da alma
O amor faz com que a esperança fortaleça o coração
O amor faz com que a fé seja perene e incondicional
O amor perfeito anda em direção á fidelidade
O amor é a alma da vida sabia
O amor é a vida da sabedoria 
O amor é a fonte da alegria
A verdade iluminada pelo amor
É o elo que une o temporal com as coisas sagradas.

Clavio J. Jacinto

Caminho Verdadeiro



Há tempos de viver cada dia e uma vida inteira, a vida se faz vivendo cada momento em santa sabedoria, indo de encontro ao infinito pelo caminho da verdadeira espiritualidade

C. J. Jacinto

Infinita Alma


Acima da nossa pronta existência
Bem mais além das nossas limitações
Há uma imensidão que dentro de nós perdura
Entre o infinito e a terrena alma humana

Um universo sem fim
Com luzes e mistérios multiplos
Cuja observação humana é arrebatada
Por tão imensa grandeza

Tal qual um olhar de admiração
Quem de breve vida, espraia-se ao longe
Toda a força da imaginação e da fé
Como e o cosmos fosse um berço perpetuo do ser

Caminhamos na noite e vemos
Tão profundo enigma de maravilhosa beleza
Que da primavera, os olhos seduzidos por flores
Não se conforma, e se apaixona por estrelas.

Clavio Juvenal Jacinto

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Triunfo do Amanhecer

Não te detenhas nos antros escuros da triste noite, não faz do teu pobre coração, abrigo da amargura. Vai, e persevera em atravessar a as sombras assustadoras de tuas próprias aflições, o brilho do sol sempre ilumina a relva no amanhecer, depois que da madrugada, até mesmo o orvalho das lagrimas, transformam-se em espetáculos que anunciam a transformação da noite em dia.

Clavio J. Jacinto

Manhãs de Solidão


Felizes são as manhãs
Quando da janela ouvimos
Os passaros cantando
Quando o sol desperta as montanhas
O infinito da alma
Transborda-se em verdades reais
Então em solidão profunda
Aprendemos a viver...

Clavio J. Jacinto

Cancões Depois da meia Noite


Das canções que canto
Ouviste mundo, eis me aqui de novo
Ao derramar do novo dia
Essas suplicas tão calmas
É que tanto me cansei de ti meu mundo
A marcha de todos os sonhos
Agora vejo tantas sombras ebrias
Daqueles apelos de muitas ausencias
Transfigurados em  estranhos sorrisos
Porque depois dos conflitos do drama das noites
Resolvi depois da tristeza, outra vez ser feliz.

Clavio Juvenal Jacinto

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Eterno Amanhecer

Surge da aurora um vento
Que entra no meu coração e acende
A chama da minha fé bendita


Agora
Oh doce aurora
Que fizeste minha alma acender
Tenho infinita luz por fora
Por dentro de mim mesmo
Fogo de todas as manhãs.

Clavio J. Jacinto

Maquinas e Aventais




Surge a alma mecanica
Dentro dessas rotinas frias
Uma sombra
Que esconde a alva

Agora
Minha fria manhã
No aço de teus campos
Tenho infinita dureza
O vida feita de inércias.

CJJ

Alva Perene




As folhas dançam ao vento no campo
Na ultima tarde de dia que me  passou
É nas esferas de flores entre a relva
Que cantamos a morte da finada chuva

As poeiras das estradas levantam-se rebeldes
Numa sebe de montanhas e nuvens loucas
Jardim de estrelas em mananciais imaginários
Assim vivo,  nos outros cantos da vida

Pergaminhos escritos em pele de alma
As minhas palavras inflamadas de pensamentos
Sou intenso em histórias e desventuras
Fardos furados de meus pecados

As  magnólias parecem sorrir zombando
Como se eu fosse um palhaço sem graça
Chorando no palco duro e frio  da vida
Nas plataformas que  germinam meus gritos

Até que desfaz a seqüência de todas as ilusões
Num quebrar de vidros de meus olhos secos
Então vejo a mais cristalina realidade diante de mim
A alva perene não desistiu de alumiar meu amanhã...


Clavio J. Jacinto

sábado, 9 de dezembro de 2017

Claustro de Dores


O coração dói é a alma angustiada
Infelizes ânsias de não tocar os próprios sonhos
Agonia que amarra os desamparos existenciais
Cárcere de emoções, um espetáculo humano
As nevoas de meu ser em fuga intocável
Na doce imagem da memória em meus delírios
Quem dera-me ser cipreste de montanha
Pois beberia das reais fontes de cada orvalho
Há uma luta dentro de mim, batalha mais épica
Um ego que se arrasta em nós de muitos gritos
Tentando em vão se apossar da vazia ilusão
Para em si me satisfazer das coisas intocáveis
Quando sairei livre dessa nobre insensatez?
Pareço ser uma jaula que prende um leão sem bocas
Vorazes são minhas ilusões, flores ébrias
Eu bebo de um pouco de sensatez, até tornar-me real
Então descubro como sou solitário
Na beira do mar desse cosmos, um pó
Sem chance de possuir o pulsar estelar
Conformo-me com os reflexos delas,
Nas lagrimas de meu olhar

Clavio J. Jacinto.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Ilusionismo das Chuvas



As chuvas regam as flores do campo
A relva chora as vidas da terra irrigada
Um cheiro suave de barro molhado
O céu derramado sobre a solidão eterna

Os cais refletem a noite de luar
O mar que liga o horizonte do fim do mundo
Um pouco de dádivas misturada com perfumes
Do  campo emanam os aromas da tarde de verão

As sombras dos bosques verdejantes me escondem
Eu grito em odores de montanhas e tantas folhas
Sou réu em claustro de ilusões
Quem me dera erguer-me desse fel monturo

As colinas e as covas são trincheiras
Nelas me aconchego em proteção
Porque todas as loucuras da vida chegaram
Compreende-las me tornarão mais sábio


CLAVIO  J. JACINTO

Feridas e Cicratizes


Nossas feridas mais profundas, não podem cicatrizar
Com as próprias lagrimas da nossa agonia
Elas não saram com os gritos de nossas ansias
Não há cura na dor perene
Nem cicatrização na perpetuidade da lembrança
As feridas profundas cicatrizem
Quando o perdão verdadeiro é liberado
Então as aberturas da nossa alma
Serão completamente fechadas
Para que a felicidade desabroche com força
E  o nosso espirito seja completamente restaurado
Para a frutificação das mais autenticas alegrias.

Clavio J. Jacinto.


Perdição



Antes de ontem
O homem se perdia nos campos de batalha
Ontem o homem se perdia
Nas selvas de concreto
Hoje o homem perde-se
Dentro de seu próprio conforto
Amanhã o homem
Perderá a si próprio.

Clavio J. Jacinto

Amor


A porta que abre a alma do amor
Não tem ferrolhos
Apenas um toque, e ela se abre
Para que o homem seja completo
E entregue-se ao ato mais livre de um ser
A liberdade de amar sem limites.

Clavio J. Jacinto

Lagrimas da Noite


Atrás do prado, atrás das nuvens
Esconde as conchas das perolas da dor
Atrás da relava, atrás da colina
O sol, que de nuvens receber vestidos
Vem nessa manhã comtemplativa
Em visitas fortuitas ao acaso
Quando um novo dia renasce
Um despertar de todas as luzes adormecidas
Quando ouvem os prantos de todas as noites
A regar todas as dores com lacrimais orvalhos.

Clavio J. Jacinto

Pardais Sinfonicos


Oh que belo dia este hoje
Pássaros cantam para o silencio dançar
Oh que sendas floridas esse caminho
O desabrochar da rosa é um encanto sorriso
Como a nevoa é a alma da noite
Em  coração de orvalho e um pulsante luar
Tais relvas meus mantos aconchegantes
Oh que belo é o palácio da noite estrelada
Tambem esse dia em que penso em sorrir
Tal pardal sinfônico em telhas de chuvas
Vai minha alma de pobre e tão nobre
Oh no véu das folhas de crepom
Num rio que segue de dentro pra fora
Minhas doces lagrimas
Ontem vi um mundo sorrindo por causa da dor
Choro eu, por tão breve e profunda felicidade
Até que nas nuvens, o berço de meus sonhos
Adormecerei tranquilo nos braços da esperança

Clavio J. Jacinto

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Ponte da Aurora


Quando achares o sentido da vida
Entrastes pelo caminho em que muito tempo trilhei
Quando lá estava, no entardecer
Entre as luzes e as estrelas escondidas
Vi a noite chegando mui suave
As primeiras luzes batiam na calçada dos olhos
Muitos rios cruzavam os labios
Quando o coração terminal batia
Nas portas que o véu rasgou
As muralhas de gelo se ergueram
Mas fui sóbrio
Contei os palácios de cada orvalho
Num erva noturna senti perfumes
Quando era já tão tarde
Quando n noite mergulhou nas horas profundas
Olhei e vi lá por de trás da montanha adormecida
Era um brilho mais forte
Reflexo gladio de todas as glórias
Para unir minha alma ao céu
Achei na noite de uma vida toda
A luz que acendeu a aurora de toda eternidade
Quando achares o sentido da vida
Seguiremos junto
Na ponte que ligar o agora ao todo sempre
Amém


Clavio J. Jacinto

Amor e Fé

A vida completa-se pela simplicidade de uma fé que sustenta o motivo de nosso sincero amor

CLAVIO J JACINTO

Grandeza da Graça


Ninguem merece aquela graça que enriquece a vida, quando escolhe aquelas pobrezas que tira todo o verdadeiro sentido dela.

CLAVIO J. JACINTO

Nau Seca

Ai desse mar de lamentações não vitais
Ai dessas saudades sem puro amor
Desses arrependimentos superficiais
Pois vivendo o tedio
De uma vida sem significados
És barco a deriva
De um oceano escuro sem aguas


Clavio J. Jacinto

Quebrado!


Quão solidas são vossas ilusões
Que tropeçando sobre elas
Chegastes no fim de tudo
Com a vida completamente quebrada


Clavio J. Jacinto

Libertação

Liberta-te pela verdade de CRISTO
Pois as incertezas da vida
São grilhões que vos prende
Ao acaso
Mas essas correntes nunca podem
Fortalecer a vossa esperança

Clavio J. Jacinto

Amor Eterno


Não morro de amor
Porque o amor é vida
Vivo a vida
Porque amo

Quando arde esse amor
sustento de tanto viver
Não morro
Por viver amando

Quão trágico é morrer de amor
Pois se o amor
é capaz de matar alguem
Tão estranho é ele, falso

Se o amor mata
Não é verdadeiro amor
Porque quem morre por amor
Já não se pode amar para sempre

Clavio J. Jacinto