Pássaros cantam nas manhãs do novo outono
Sinfônicos sonhos de minhas auroras
esclarecidas
Quando a alma destila orvalhos da plácida
solidão
Embriaga-se do silencio e vai embora
ferida
Cativa em alturas e beija as torrentes
das chuvas
Numa nostálgica paixão nas colunas do
firmamento
Abraça as nuvens e nos colossais
clamores se escoa
As folhas ébrias do manto desses
vastos lamentos
Quanto mais toca a orla das nevoas altíssimas se cura
Mais sente o ego que por ares a dor
que se aniquila
Como coração agonizando em fontes refrescantes
Na essência do perfume, nas flores e
no verde da clorofila
Assim os sentimentos libertam-se de
tais misérias
Num despertar da revolução de todas
sacras alegrias
Então em plenitude de grandes emoções
cósmicas e raras
A alma desce ao mundo, curada, pois não mais vazia
Clavio J. Jacinto
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