Desalmados
Ouvi o grito dos que estão sentados no trono das ilusões
Daqueles que ferem os princípios por conveniências pessoais
Como podem servir ao ego
em tamanha escravidão?
Náufragos de vaidades falidos à beira de obscuros cais
Tais carnes sem almas em vil peregrinação
Nas caladas da noite do orgulho em orlas do submundo
Nos intrépidos folguedos como a noite sem um Pedro
Na inanição da ignorância em torpe sentir profundo
Quando as ondas do vento em parcas nebulosas
Caem na tarde aos jardins da vil secura
Como áridos prantos de espinhos cabulosos
Cadáver gemendo entre os rasgos de ataduras
Quem me dera ouvir o clamor de um bendito
Que possa clamar em voz altissonante uma profecia
Que a noite de todos os vaidosos sucumbirá
Virão hostes de homens bons na aurora do novo dia
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