Quem desperta
de seu desespero
Acode ao
choro e em volumosos prantos
Irriga a
terra arida nessas searas de poeiras
Como intrépidos
borriços de manhãs de inverno
A destreza
das debulhas mais amargas
Bate no chão
cálido, betume ressequido
Sem amparos,
pequenos vasos de cristais de gelo
As laminas
da lapide do passado
Tão
replicantes quanto o rosto da dor inflamada
A
investidura de tantos lamentos
Como urnas
férteis
Acolhendo os
grãos da decepção incólume
A flama de
tais anseios e os prantos dessa odisséia
Eis no fundo
do poço da estrada, a via luctus
O jardim da
fertilidade solitária
Minha
lagrima caindo no antro aberto
Germina meu
plangor forte
Tão forte
que dessa prantina nasce à esperança
Quando todos
os desesperos despojaram
A minha
pobre alma do jardim utópico de meus sonhos.
Clavio J.
Jacinto
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