(Estação Polar)
I-
Do norte surgiu uma estrela polar
Que da janela da vida eu via brilhar
Ela percorreu anos quase infinitos
Até que aos meus olhos viesse chegar
II-
Na trilha solitária de meu trajeto
Entre capins carvalhos pinheiros e abetos
Estava aquela tão simples a mais bela
Uma pequena e tímida flor amarela
III-
Que das quebras dessa hora banal
Fez do momento um passeio especial
Não há na pureza das coisas a vaidade
A alegria da vida está na simplicidade
IV-
Oh quem me dera aprendesse essa lição
Nesse contraste de dentro do coração
Aprender na singeleza
da comiseração
Os bramidos da noite sem a perturbação
V-
A vida humilde nos palcos estelares
Que aprende com o sabor do pão dos pesares
E não se detém no
febril caminho dos loucos
Pois é feliz e se contenta com o pouco
VI-
Teria eu repassado tamanha hombridade?
Pois no vazio do supérfluo nasce a fealdade
Pois da dignidade do ser nasce a resignação
Que a vaidade toda é a filáucia da ilusão
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