I-
Cantam os
pássaros ao entardecer
Lírios
desabrocham na beira do córrego
O verde da
mata é abrigo de minhas inspirações
Eu descanso
meus anseios
No
refrigério de fim de dia
II-
Canta o
sabiá e minha alma navega nas nuvens
Elas são os
palácios de meus eternos sonhos
Eis que os
frutos já adoçaram no pomar
Abrem-se os
benditos sorrisos do coração
Tantas
folhas de relvas aguardam o aguaceiro
As ervas
floridas desabrocham na margem do caminho
Eu careço do
sereno que cai todas as noites
Pois minha
alma simples agoniza por refrigério
III-
As
esmeraldas das florestas são tapetes úmidos
Imagens
preciosas que multiplicam o esplendor
A natureza
enriquece e enche o coração do belo
Acende-se a
glória da contemplação do sublime
IV-
As folhas
que desprendem flutuam e repousam
Protegem a
terra do arado de meus pés
O solo que
me sustenta é o canteiro das chuvas
Jardim que
acolhe minhas angustias e alegrias
V-
Não há
palavras depois do êxtase melifico
A emoção da
emancipação do nosso interior
Porque em
tudo o que se faz extraordinário
A linguagem
humana limita-se ao silencio da expressão.
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