segunda-feira, 30 de dezembro de 2019
sábado, 28 de dezembro de 2019
Chuvas e Temporais
Chuva e temporais
I-
Lauréis verdes da mata aqui emanam
Nas chuvas que irrigam em temporais
Os pássaros cantam em sacra alegria
O jubilo sinfônico e a alma da paz
II-
No cair das águas que se derramam
Nas nevoas que dançam aos vendavais
O cheiro, perfume de terra e palha molhada
A brisa azafama entre sombras e matagais
III-
Cantarolam as gotas cigarras liquidas
Nas folhas aéreas e crateras de
lamaçais
Dissolve as nuvens entre aromas de
cascas
Tal fragrância provoca um êxtase ainda
mais
IV-
Que bendita natureza e portais tão
sacros
Sacode o sensível a síntese do amor pertinaz
Pois cada imagem denota as coisas
maviosas
Alma afoita encontra nessas riquezas;
a doce paz
(Clavio J. Jacinto)
As Quatro Estações da Vida
As
Quatro Estações da Vida
Quando eu peregrino
percorri os anos
Aprendi em percalços e
tantas dificuldades
Em todas incompreensões
e traições
Que o caminho que
percorremos não é fácil
Entre as sombras das
arvores
Abaixo de um imponente
céu azul
Sentindo o frescor da
brisa da manhã
Pássaros cantarolando a
suma gratidão
Conclui depois de uma
singela reflexão
La no profundo dentro
de meu coração
Que a vida deve ter
etapas em tantas situações
Por fim devemos viver
em quatro estações:
Primavera: Sejamos como
ela, pois assim como as flores fazem a natureza ainda mais bela, devemos ser de
tal modo como essa estação, não importa quantas tempestades chegaram, mas
nenhuma delas jamais impediu uma rosa de desabrochar. Assim mesmo diante de
todas as dificuldades, façamos que a vida se torne mais bela e mais colorida aos
outros.
Outono: Sejamos como
ele, pois ainda que os ventos soprem sobre as flores, todavia, muitas delas resistem
ao ponto de darem os mais doces frutos aos homens, assim cada um de nós,
vivendo em meio a tantas turbulências na vida, possamos dar a todos a nossa
volta, a doçura da bondade e o aroma do amor.
Verão: Não importa o
quão escura seja à noite, ainda que as nuvens escondam todas as estrelas, ainda
que todas as luzes artificiais se apaguem, mas a aurora chega com esplendor, e traz
consigo muita luz e calor. Assim sejamos nós, pois mesmo que tanta escuridão
reine na humanidade, ainda que tantas sombras insistam em nos rodear, sejamos
pacientes e deixemos um legado de luz e calor a todos a nossa volta.
Inverno: é aquela
estação do frio e das chuvas do orvalho que se faz geada, e assim também devemos
nós, irrigar a esperança de muitos desesperados, levar algum orvalho que sirva
de refrigério aos desalentados, que possamos levar água fria aos sedentos e
como a neve que tece a tapeçaria das colinas embranquecidas, sejamos ousados em
dar cobertura aos que se encontram desnudos e que a brancura da humildade sejam
os vestidos de nosso coração.
(Autor: Clavio J.
Jacinto)
quinta-feira, 26 de dezembro de 2019
Livro Gratis: Depressão Tristeza e Suicidio
Uma obra esxrita para aconselhar e orientar pessoas com depressão, baoxe o livro gratuitamente leia e compartilhe,
http://www.mediafire.com/file/bks9qftik3atq5u/Depress%25C3%25A3o-Suicidio.pdf/file
http://www.mediafire.com/file/bks9qftik3atq5u/Depress%25C3%25A3o-Suicidio.pdf/file
terça-feira, 24 de dezembro de 2019
Regresso
Pássaros cantam nas manhãs do novo outono
Sinfônicos sonhos de minhas auroras
esclarecidas
Quando a alma destila orvalhos da plácida
solidão
Embriaga-se do silencio e vai embora
ferida
Cativa em alturas e beija as torrentes
das chuvas
Numa nostálgica paixão nas colunas do
firmamento
Abraça as nuvens e nos colossais
clamores se escoa
As folhas ébrias do manto desses
vastos lamentos
Quanto mais toca a orla das nevoas altíssimas se cura
Mais sente o ego que por ares a dor
que se aniquila
Como coração agonizando em fontes refrescantes
Na essência do perfume, nas flores e
no verde da clorofila
Assim os sentimentos libertam-se de
tais misérias
Num despertar da revolução de todas
sacras alegrias
Então em plenitude de grandes emoções
cósmicas e raras
A alma desce ao mundo, curada, pois não mais vazia
Clavio J. Jacinto
Desterrado
Ouvi amigos meus
Essas breves palavras que clamo
Do claustro da vida que amo
Sou filho dessa empáfia solidão
Deixei os cimbalos da gloria humana
Parti para o ninguém fui embora
E temo que em paz, sobretudo
No nada dessa humildade tão simples
Tenha encontrado tudo.
Ouvi amigos meus
Que dessa confissão mais ainda farei
Desse ajuste fausto que a mim
erguerei
Sou filho dessa pobre solidão
Fui desterrado para os anais dos anônimos
Mas o destino segue além
Nas penumbras de um caminho de vésperas
Desterrado na ilha do marasmo
Onde as palavras flutuam ao celeste
esmo
Ouvi amigos meus, meu nobre choro
Pois deixei a orbita da
procrastinação
Fui embora, eis a minha confissão
se não mos encontrarmos nessa vida
É porque dessa pálida e aventurada
partida
Tirei os fardos de meu ferido coração
Ainda que nos passos em ilhargas tão sozinho
Não os vejo, porque não estamos no
mesmo caminho
CJJ
quinta-feira, 19 de dezembro de 2019
Insólito
Insólito
Quando nas copiosas mágoas de minhas dálias
Do luar afresco desse orvalho á
efusão
Dos mais frondosos pés descalços das
sandálias
Vi a penumbra inócua dessa tão bela
fruição
Fui esse descalço pálido nas terras áridas
Das orlas de pântanos e aromas de framboesas
Da noite nebulosa de sombras tão pálidas
Como vaso arcaico na inércia fria do
cume da mesa
Num susto que congela esse âmago
da espinha
Eu, burlesco nesse dantesco e sôfrego
tédio
Debruçado em palhas, espinhos e
debulhadas pinhas
Na compleição do medo nesse infeliz
assedio
Olhei meu reflexo em turva e prava lagoa
Que das vísceras flui tão desdita
revelação
Pois é na noite nua que naufraga á
proa
Bateu deslustre em afago meu pobre
coração
Quais sopros rebeldes foram ao bojo
fugindo
No albergue longínquo que tão feroz se ufana
Em horizontes distantes fui só etéreo
sumindo
Gritos nasais que pra fora de mim
loquaz derrama
Nessa austeridade tempestuosa então
cheguei
Visão seca da minha alma que flutua
mais vazia
Em que tais prantos debulhados me
afoguei
Vento insólita alma que de meu pranto
fugia
Caindo no vácuo berço efêmero dos
parcos escombros
Das trincheiras rasas de minha breve expectação
Qual meu espanto germinando tão pertinaz
assombro
Uma emanação florida alumbra o crepúsculo
do coração
Clavio J. Jacinto
segunda-feira, 16 de dezembro de 2019
CONSTELAÇÕES CAIDAS
CONSTELAÇÕES CAIDAS
Nesse vale de poeira jaz rutilante rente
Amte a porta que recolhe as ânsias
P homem escondido no
pó de estrelas mortas
Nos cálices quebrados do beijo das cinzas
Embriagada por sorver tantas ilusões
No beu a alma sombria de escuros recantos
Sem primavera o frio mortal congelante
As fontes brutais de pedra e brasas esfoliantes
Jazigo de archotes que só fumegam
No batente das ancoras que retalham os corais
As flâmulas rasgadas desse vale de vaidades
Naufraga ilusões que perecem sem cais
Quando as estrelas na noite se apagam
Sem celeste luz se finda as nuances das cores
Nas sombras mais infelizes que me dissolvem
Sopro sobre o fogo para desabrochar as flores
Quais violentos furacões nessa terra primitiva
Que devavsta os poetas e dissolve todas as rimas
No meio de tantas encruzilhadas na fruição mais sombria
Só resta olhar para uma luz que se acende acima...
Clavio J. Jacinto
sexta-feira, 13 de dezembro de 2019
(EMERGENTE)
(EMERGENTE)
Vi cair esse silencioso doce orvalho
Enquanto na tarde sonhava dormindo
Entre as belas noites tão bem estreladas
Os perfumes densos da infinita madrugada
Nessa terra nostálgica de outro mundo
De cabisbaixo olhar desanimado e noturno
Onde as perolas cantam no oceano profundo
O olhar trágico de todas as minhas saudades
Vi minhas memórias nas grandes venturas
No auge terno dessa épica e tão saudosa sutura
Rasgos escondidos de amor ainda não curado
O lamento do coração pegajoso e quebrantado
Quem me dera achar minhas próprias feridas
Aquelas que os dias mais distantes já curaram
Porque das partes vitais ainda mais doloridas
Cicatrizes e uma marca de herói em mim ficaram
Mesmo sob as correntes das tristes vaidades
Ainda da infância minha alma toda emergiu
Pois que das imensas ondas
de póstumas realidades
Um homem simples desse longo tempo emergiu
Meio que perdido entre as flores
No caminho a contemplar cada amanhecer
Vivendo a vida em vários tons de cores
Arrastando pelos fluxos irreversíveis do envelhecer...
Clavio J. Jacinto
(RETORNO NOSTALGICO)
(RETORNO NOSTALGICO)
I-
Se num portal ao passado voltasse
Para encontrar a mim mesmo
Em um lugar longínquo de minha infância
Face a face comigo ficaria
Em meus próprios ombros choraria
E da minha boca ao meu ouvido
Apertando minhas mãos
Com sinceridade a mim falaria
II-
E nesse monologo de duplo ente
Gritaria aos meus ouvidos
Advertindo contra os falsos amigos
Na calma possante das lagrimas
A mim próprio me repreenderia
Com a doce alma fria
Ao meu pobre coração diria:
Toma cuidado com todas as escolhas
III-
Olho a olho comigo mesmo
Na mais pura sinceridade
Diria que a minha própria bondade
Não era moeda de confiança
Pois ainda quando criança
Na inocência da tal utopia
Vendo o mundo vestido de ilusões
Sofreria tantas decepções
IV-
Então nesses clamores e mais bramidos
Nesses impasses
doloridos
Abraçado a mim mesmo e tão só
Numa tristeza de dar mais dó
Soaria minha voz mais calma
Falando serio a minha alma
Tens á frente tantos mais mil perigos
Toma cuidado com muitos amigos.
V-
E nessa sombra entre a aragem
Diria a mim mesmo, tenha coragem
Porque as dificuldades no traje do pesar
Estão galopando rente a te encontrar
Mas não tenha medo das aflições
Porque entre aplausos e difamações
Em transtornos alívios e mais dores
Verás adjacente o firme campo de flores
VI-
Em tantos sofrimentos e grandes momentos
Verás o teu próprio crescimento
Seja forte, seria meu clamor chorando
Porque enquanto o tempo for se abrindo
Estarás vivendo pensando e sorrindo
A existência tênue é a revolução aberta
Verás a ti mesmo, a nascente breve surgindo
Nos tímpanos da dor terás alma de um poeta
VII-
E foi longa a tua jornada
Nos passos lentos de tuas caminhadas
Verás marca de quem tentou
andar pra trás
Quando quis para infância voltar
Mas vencendo a tal
nostalgia
Seguiste rumo ao novo dia
Ouve-me, oh meu eu, esse brado
Segue a vida, mas tenha muito mais cuidado...
(Clavio J. Jacinto)
quinta-feira, 5 de dezembro de 2019
Tarde e Noite
A Tarde chegou deixando um rastro de luz dourada, a verdadeira
riqueza não está na posse de coisas fúteis, mas na contemplação sincera do belo
Eu vi o fim da tarde, a alma da aurora é uma lâmpada acesa que
ilumina o pórtico do reino da noite.
Com o meu grito de gratidão, o entardecer se quebra, dos
estilhaços nascem as estrelas da noite.
Algumas delas descem pela via dos sonhos, e visitam a minha face,
assim surgem o campo dos pirilampos.
Assim a vida vai prosseguindo, e no espetáculo noturno, entre
estrelas e pirilampos, e descanso sorrindo.
Clavio J. Jacinto
(A Transcendência da Vida Comum)
I-
Cantam os
pássaros ao entardecer
Lírios
desabrocham na beira do córrego
O verde da
mata é abrigo de minhas inspirações
Eu descanso
meus anseios
No
refrigério de fim de dia
II-
Canta o
sabiá e minha alma navega nas nuvens
Elas são os
palácios de meus eternos sonhos
Eis que os
frutos já adoçaram no pomar
Abrem-se os
benditos sorrisos do coração
Tantas
folhas de relvas aguardam o aguaceiro
As ervas
floridas desabrocham na margem do caminho
Eu careço do
sereno que cai todas as noites
Pois minha
alma simples agoniza por refrigério
III-
As
esmeraldas das florestas são tapetes úmidos
Imagens
preciosas que multiplicam o esplendor
A natureza
enriquece e enche o coração do belo
Acende-se a
glória da contemplação do sublime
IV-
As folhas
que desprendem flutuam e repousam
Protegem a
terra do arado de meus pés
O solo que
me sustenta é o canteiro das chuvas
Jardim que
acolhe minhas angustias e alegrias
V-
Não há
palavras depois do êxtase melifico
A emoção da
emancipação do nosso interior
Porque em
tudo o que se faz extraordinário
A linguagem
humana limita-se ao silencio da expressão.
(A Vida que Emerge dos Sonhos Quebrados)
Há golpes duros que a
vida dá
Quebram o frágil mundo de nossos sonhos
E desde então afundamos sem ancoras
Não há amparo só desesperos,
Afundamos com o peso dos pesares
Até o firme chão frio do fundo desse mar
Ali achamos os pedaços de nossos sonhos
Angustiados, recolhemos nossos cacos
Eles ferem nossas mãos tremulas
Retalham nossas vidas efêmeras
As dores se
multiplicam nos redemoinhos
Então depois de longas batalhas, nos cansamos
Resolvemos emergir das profundezas
Nossos olhos começam a enxergar o céu azul
A luz radiante do dia revela nossas cicatrizes
Lá no fundo, as dores das aflições formaram
Dentro do nosso coração, uma jóia preciosa
Revestida de pura coragem
Animo
Esperança
Amor
Desses revestimentos cintilantes
Descobrimos que a vida tem mais valor
Ela pode sair das profundezas da amargura
Transformada em uma linda perola
Jóia que apenas revelou o quilate
De nossa perseverança e ousadia em prosseguir
Contra toda a tempestade.
(Clavio J. Jacinto)
Desalmados
Desalmados
Ouvi o grito dos que estão sentados no trono das ilusões
Daqueles que ferem os princípios por conveniências pessoais
Como podem servir ao ego
em tamanha escravidão?
Náufragos de vaidades falidos à beira de obscuros cais
Tais carnes sem almas em vil peregrinação
Nas caladas da noite do orgulho em orlas do submundo
Nos intrépidos folguedos como a noite sem um Pedro
Na inanição da ignorância em torpe sentir profundo
Quando as ondas do vento em parcas nebulosas
Caem na tarde aos jardins da vil secura
Como áridos prantos de espinhos cabulosos
Cadáver gemendo entre os rasgos de ataduras
Quem me dera ouvir o clamor de um bendito
Que possa clamar em voz altissonante uma profecia
Que a noite de todos os vaidosos sucumbirá
Virão hostes de homens bons na aurora do novo dia
quarta-feira, 4 de dezembro de 2019
Simulação
(Simulação)
Quando ouvi
a arrogante voz tão vazia
Quão vastos
hipócritas sóis em vãos
Que
sustentam mascaras de cera polida
Quão vil a
vossa face disfarçada
A arte de
faz de contas
O murmúrio
das segundas intenções
Não se
engane com rostos angelicais
Porque o
coração pode naufragar nas trevas.
Peço
desculpa aos nevoeiros assombrados
Porque não
temo a noite da chuva fria
Porque mais
assustador que lugares “assombrados”
É o coração
que sustenta a vil hipocrisia
Estação Polar
(Estação Polar)
I-
Do norte surgiu uma estrela polar
Que da janela da vida eu via brilhar
Ela percorreu anos quase infinitos
Até que aos meus olhos viesse chegar
II-
Na trilha solitária de meu trajeto
Entre capins carvalhos pinheiros e abetos
Estava aquela tão simples a mais bela
Uma pequena e tímida flor amarela
III-
Que das quebras dessa hora banal
Fez do momento um passeio especial
Não há na pureza das coisas a vaidade
A alegria da vida está na simplicidade
IV-
Oh quem me dera aprendesse essa lição
Nesse contraste de dentro do coração
Aprender na singeleza
da comiseração
Os bramidos da noite sem a perturbação
V-
A vida humilde nos palcos estelares
Que aprende com o sabor do pão dos pesares
E não se detém no
febril caminho dos loucos
Pois é feliz e se contenta com o pouco
VI-
Teria eu repassado tamanha hombridade?
Pois no vazio do supérfluo nasce a fealdade
Pois da dignidade do ser nasce a resignação
Que a vaidade toda é a filáucia da ilusão
Campo de Batalha
Clamei aos sonhos que me dessem esperança
Mas eles dissiparam-se em meio as aflições
Clamei ao mundo
Mas ele não me ouviu
Então do campo da batalha da existência
Arranquei as ervas daninhas da vaidade
Restaram-me apenas as minhas mãos
Para serem controladas por minha inteligencia...
Recâmara das Lagrimas
Quem desperta
de seu desespero
Acode ao
choro e em volumosos prantos
Irriga a
terra arida nessas searas de poeiras
Como intrépidos
borriços de manhãs de inverno
A destreza
das debulhas mais amargas
Bate no chão
cálido, betume ressequido
Sem amparos,
pequenos vasos de cristais de gelo
As laminas
da lapide do passado
Tão
replicantes quanto o rosto da dor inflamada
A
investidura de tantos lamentos
Como urnas
férteis
Acolhendo os
grãos da decepção incólume
A flama de
tais anseios e os prantos dessa odisséia
Eis no fundo
do poço da estrada, a via luctus
O jardim da
fertilidade solitária
Minha
lagrima caindo no antro aberto
Germina meu
plangor forte
Tão forte
que dessa prantina nasce à esperança
Quando todos
os desesperos despojaram
A minha
pobre alma do jardim utópico de meus sonhos.
Clavio J.
Jacinto