Tons celestiais
Depois que a ultima estrela foi embora num instante
O azul intimo de céu espraiou-se pelo firmamento
Tocando os lábios das montanhas verdes e distantes
Uma vastidão das
glórias das estações em ventos
O que meus olhos vêem e o coração pouco enxerga
Quem das fontes toma as matizes das mais vivas cores?
Nas densas e áureas luzes de bendita aurora se alberga
Que me acalenta essas visões, quando choro dores
Pois que devo eu olhar pra essa pura imensidão
Na inércia de um fogo que virou cinzas e flores
Num pesar que depois de ausentar-se o aguilhão
Restam rente, forte e imóvel os meus dissabores
Quem me dera possuir os cálices derramados
Nessa pós-noite e um novo dia que nos domina
Que das estrelas ausentes fica os tons azulados
Das nevoas brandas que o sol mais ilumina
Assim que desse céu que cativa por nossos anseios
Que das coisas encerradas em cálices misteriosos
Bebi eu e então nos mais lúcidos devaneios
Fiquei pasmo a esmo nos sentimentos gozosos
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