Foi naquela tarde de céu azul
No tempo que os sonhos eram tranqüilos
As nuvens vinham correndo do norte
As folhas dançavam com a poeira da
estrada
Entre as montanhas e o verde da mata
Vi a minha alma escondida nas flores tímidas
Aquelas que vivem a beira das trilhas
Pintadas pela arte do destino de
nossa vida
Encontrei teus olhos nesse limiar da
tarde
Antes que as chuvas chegassem com furor
Para regar a relva pisada por meus
pés feridos
No beco onde a porta se abre á noite
Não irei morrer de frio hoje
Teu respirar me aquecerá na
tempestade
Pois se me aceitas como sulco de
estações
Permitirei que a minha esperança seja
repartida
Então seremos um só ser vivendo
Entre seixos de córregos e a simples
perenidade
Deixarem de ser nesse caminho, um só
homem
E juntos, eu contigo me chamarei humanidade.
Clavio J. Jacinto
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