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terça-feira, 27 de março de 2018

Desencanto



Desencanto

Um (flash) brilhou na face
Percebi a vida com outros tons
Não acredito mais em fantasias

Ações são expressões mais exatas
Do que simples palavras
Pessoas dizem que creem
Mas na verdade são idolatras do ego
A razão humana acreditou na ciencia
Mas as maquinas da guerra
Ecoam no vale desses grandes distúrbios

O homem pode ser racional
Mas já perdeu-se nos antros do orgulho
Não pode acreditar em Deus
Muito menos em si mesmo
São meros bonecos de cera filosofica
Perdidos na encruzilhada
Entre os males e o nada

Quando nascem as flores no campo
As abelhas extraem o mel
Sedento, o homem cava na rocha
Para beber dos mananciais
As nuvens bebem do mar
Choram sobre os vales e campinas
Mas o homem encantou-se
Pela incredulidade do acaso

Eu lamento tanto orgulho
O mundo anestesia nossas almas
Quebrou o encanto desse engano
Ele esta´entesourado para a queima
Seus antros de violencias
Serão consumidos como a pobre palha
Entre choros e mil pesares ingratos

Olho para o horizonte da vida
Não estão ao meu lado, almas sem apego
Vorazes espíritos rebeldes
Deixaram cair as marcaras do disfarce
Sai pra longe de mim satanás! disse o Mestre
Eu também expulso o desencanto
Nessas nevoas que assolam as brasas da aurora

As vertentes do sol já cintilam
São brasas rutilantes no berço da eternidade
No Monte das Oliveiras eu decifro as pegadas
Minha face e meus olhos contemplam o futuro
Quando essas nuvens douradas da tarde
Guardam os lampejos da glória do outro dia

É  mais real ao coração
Ser guiado pela fé em Deus
Do que seguir os conselhos perdidos
Daquelas almas que já não podem mais acreditar
Em nelas mesmas

A magica do mundo caido
Deixou de me seduzir...desencanto.

(Clavio J. Jacinto)
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