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quarta-feira, 14 de março de 2018

NUVENS


A mim que me concedas
Coração nublado, cheio de granizos
Pensamentos  mais pesados
Alma cativa em tantos pesares

Como erva rasteira
Que cativa do pó da terra
Chora os orvalhos noturnos
Perolam poluídas na dor

Eu que coleciono gemidos
Entulhos sem paradeiros
Num coração carente de luz
Suspenso no tempo do meu ser

Nas margens desses ninhos sonâmbulos
Como agonizam os anseios
De uma  vez por todas sair dessa prisão
Que tanto fere os sorrisos

Levanto-me da noite do cárcere
Das madrugadas dos pesados grilhões
Meus pecados são tantos
Bem mais milhares de milhões

Uma estrela brilha diante de mim
Amanhecer tão belo, brilho  absoluto
Raios de graças em Cristo me libertam
Chegou a Vida, fim de meu triste  luto

(Clavio J. Jacinto)

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