Sistema
Corre o pensamento em busca de abrigo
Longe dos fogos de artificio dessa geração
Fugitivo desesperado
Apressado como as faiscas de um braseiro
Percorrendo as fronteiras
Dos umbrais de um passado distante
A neve de aço cai no campo dos gladiadores
O sistema entre em pane e jaz escuro
As falacias de um profeta sem noção
São as palavras repetidas embrulhadas na musica
A sinfonia desajeitada de tambores
Sem gasolina
Suave a alma canta a serenata das dores
Eu grito em tom menor, na rouquidão
Brincando estou de esconde esconde
Com esse destino que se destila nas memorias
As rosas lampejam raios intermitentes
O ruir dos calafrios dos computadores
Mas eu me acho tão infante
Desato as cordas de bronze e os laços de cobre
Acho uma margarida que desabrochou
Levou-me em seus perfumes aos portais da primavera
Lá nas montanhas eu adormeço
Para voltar a viver na simplicidade
Clavio J. Jacinto
0 comentários:
Postar um comentário