Uma alma de ferro fugiu assombrado da terra
Deslizando nas águas frias do ultimo adeus
Homens felizes em um destino tão cruel e infeliz
O sonho traiu a certeza com o pesadelo
O aço é o berço de uma destemida multidão
Homens sem escamas em uma cama de alfinetes
O peso do orgulho humano também afunda
Quando os mares não suportam as pedras da vaidade
As festas apagam aluz da prudencia
A alegria anestesia o sentido do cuidado
Em caminhos de calafrios, a mordaça dos gemidos
Afogando no ar o grito de todo perigo
Assim afogaste as mobílias da vaidade humana
Num beco sem solo, numa saga hostil
Alma de ferro descendo no precipício, fim do mundo
Num casamento perpetuo com as dores abissais
Os poucos que ficaram, incertos da certeza
Brigaram com a fúria do frio e o mar faminto
Em folhas de esperança, tentam zarpar de volta
Mas o destino cruel não perdoa a decisão mal feita
Clavio J. Jacinto
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