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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

A Sacralidade da Saciedade



"Nada iguala ao sabor do pão compartilhado"
Saint Exupery


Dai-me deste pão, tanto almejo
Como na fúria da fome, é o desejo
Dai-me do sacro pão amassado
Pois busco as fontes do ser saciado
Dai-me desse santo pedaço de pão
Desse que se apega em vossas mãos
Se fores tão sábio, vem compartilhar
Com o próximo, frações a entregar
Nessa vida de fomes, ai de mim
Se não deres um pedaço pra mim
Sei que tens na alma, tanto afeto
Por ti o amor será mais completo
Da feira das obras de um homem
Vem tu distribuir, não te escondas
Se deres o pão fracionado, que vejas
A arte do amor em ações
A ventura de ser sensível, assim seja.

Clavio J. Jacinto

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Titanic (Lacrima)

Uma alma de ferro fugiu assombrado da terra
Deslizando nas águas frias do ultimo adeus
Homens felizes em um destino tão cruel e infeliz
O sonho traiu a certeza com o pesadelo

O aço é o berço de uma destemida multidão
Homens sem escamas em uma cama de alfinetes
O peso do orgulho humano também afunda
Quando os mares não suportam as pedras da vaidade

As festas apagam  aluz da prudencia
A alegria anestesia o sentido do cuidado
Em caminhos de calafrios, a mordaça dos gemidos
Afogando no ar o grito de todo perigo

Assim afogaste as mobílias da vaidade humana
Num beco sem solo, numa saga hostil
Alma de ferro descendo no precipício, fim do mundo
Num casamento perpetuo com as dores abissais

Os poucos que ficaram, incertos da certeza
Brigaram com a fúria do frio e o mar faminto
Em folhas de esperança, tentam zarpar de volta
Mas o destino cruel não perdoa a decisão mal feita

Clavio J. Jacinto

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

A VIAGEM DE UM INFANTE



A Viagem de um Infante

Nasci em choro sacro
Na rua de trilhos e pedras de pontas
Na parte de cá do mundo
Sozinho no berço e na busca da burocracia
Encontrei na vida, na infância
Queria ser grande e não podia
Nem sequer liberto pra viajar na noite fria
Numa prisão, um berço de grades
Que crime cometi por tanta barbaridade?
Queria tocar as breves estrelas,
Arrancar as flores do jardim, diluir a aquarela
Pular num salto imortal, a janela
Mas grades colocaram em todas elas
Puxa! que viagem acesa em lampiões
Paredes de fumaça, ocultando os clarões
Eu infante nessa desprezível burocracia
Não poder subir na montanha
Pra apagar a luz do dia
E, na madrugada na noite rebelde e vazia
Acordado e atordoado, pelas vozes do radio antigo
Tentando abrir o mistério de gentes encaixotadas
Como podem viverem la dentro?
Ah! sou infante não sei de nada
Que coisa! limitaram meu entendimento
Será que vou ser assim a vida inteira?
Pensava e repensava, subindo as goiabeiras
Matando a fome e explorando elas de brincadeira
Um dia disseram-me que tinha crescido
Barba no rosto, não mais tomava banho de bacia
Acho que acabou aquela burocracia
Agora viveria livre pra sempre das grades
Ainda que daquele tempo tinha tantaa saudades
Então na minha cara libertação
Pulei de alegria cerrei as mãos
Tinha a minha preciosa e destemida esperança
Sou livre, quero voltar a ser criança
Mas os humanos mais antigos, vozes que eu temia
Me falaram, que pra adulto, tem uma burocracia
Cerrei os dentes, protestei, quero voltar a viver
Mas me disseram, não tem volta
Depois da infância, só resta viver mais um pouco
e envelhecer...

Clavio J. Jacinto

Amantes de si Mesmos




"O diabo se encarnou no amor próprio, para apoderar-se da geração atual"
Fiodor Dotoievski em : Os Irmãos Karamazovi


O centro do universo se és tu  homem, ruirá
Quebrar-se-á em cacos, restos fatais
Que é o universo do deslocado homem moderno?
Amante de si e divino aos proprios olhos
Adora os aplausos e cultua a vanglória
 centro do universo é o rei do mundo falido
Balão inflado com gases do orgulho
Flor murcha sem a alma dos perfumes
Declara guerra a todos com a espada do ego
Morticínio que atropela a todos outros vaidosos
Os espinhos da infâmia rasgam os risos
Os prantos mascaram a crueza do egoismo
A ambição é a lamina que despedaça corações
Crava um punhal e a espada ferina fere
Duas caras, dois pesos e duas medidas
amantes de si mesmos
Nos templos, nas ruas e na selva
Nos campos, nas relvas, e no deserto
Na terra falida e no vão viver
Dentro de ti mesmo, pobre homem!
Vida em vão e voz fúnebre
Vaidade das vaidade , disse o pregador
Açoites do erro, o eu aprisionado
O fim da tarde e o amor a si mesmo, um fantoche
Tu homem só, centro da agonia
Suportando o peso negro das ilusões
Nevoa impura, pó poluído
Sem bravuras e amargos suspiros
No palco do coração, o amor próprio
Pra mastigar o amor aos outros
Famigerada fome de um ego orgulhoso
Oh! não te assustes homem
A terra faminta e o estomago do sepulcro
Engole em doçuras o teu amor vaidoso
Dissipada tuas paixões no esconderijo da morte
Serás o centro do esquecimento...



ClavioJ. Jacinto

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

As teias da Utopia



Vou caminhando por esse mundo moderno
Entre maquinas e flores artificiais
O mundo de estanho e cobre, ruídos de maquinas
A encruzilhada que confunde o coração
Como uma estrela que tem que escolher
O sul polar ou o norte do verão
Como o floco da neve que voa ou desce
Vou caminhando nesse mundo moderno
Onde as pessoas são indivíduos diminuídos
Como gotas de orvalho na terra de ninguém
Vendem a propria alma para tecnologia
Num pacto perecivel de prazeres viciados
Vou por esse caminho moderno
Quase que longe da minha terra infantil
Pois quando eu era criança inocente
Não sonhava com os circuitos integrados da vida
Este emaranhados de fios coloridos
 Essa galáxia terrena de luzes intermitentes
Não era o mundo que eu esperava encontrar
Quando entrasse no reino das pessoas grandes...


Clavio Juvenal Jacinto

Folhas de Algodão


Como nascem os flagelos da tempestades?
Eles nada mais são que o respirar de todas dores
Frutos de frio que envelhece no coração
As rubricas de um espirito desesperado

O sal de todos os mares, amargam os ventos
A doçura de todos os frutos, suavizam a saudade
Eu que faço parte desprendida da humanidade
Liberto-me como as folhas abastecidas de sopros

Algodão doce, é esse sentimento vivo do amor
Flecha que transpassa as três camadas do meu ser
O voo tranquilo das fabulas que desencantam
Sou real, entre os méritos de uma inspiração

Tenho ouvido o redemoinho dos ventos
Ouvi a calamidade chorando na penumbra
Eu porém vou deixar as marcas de minhas risadas
O espetáculo da minha própria definição da vida

Se os lamentos pouco adiantam na caminhada
Se os fardos não ficam mais leves com as lagrimas
Um pouco de alegria, ainda que suave como perfume
Talvez faça a tempestade adormecer no jardim

CJJ

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Lamentos de Nanquim (愛之死)


Da montanha purpura um asco assombra o passado
Soldados em coração frios, lançam a saliva do ódio
Fazem de Nanquim vagos sepulcros a céu aberto
Os anjos tristes não podem apagar essa dor

As  gravidas comem o pão da espada afiada
Tomam do halito negro da estupidez humana
Os infantes  quebrados cantam ao sepulcros esfomeados
Os anjos tristes já não podem apagar essa dor

A tinta que escrevemos  esses gemidos é o sangue das feridas
As paginas escritas são essas ações cruéis  de homens infames
Onde a erva rasteira da loucura se alastra em violências vis
O veneno de seu fruto abominável,  tudo vai maculando

Como quebrar o encanto dessas duras abominações?
Sei  eu, que os anjos tristes não podem apagar essa dor
A maldade tece o eterno dia muito mais feio e escuro
Nas ruas de Nanquim, os choros não serviram  escudo protetor

O lilás celeste rompeu-se na indignidade humana
O enxofre do coração  lambe em fogo, a mente humana
É mais feroz esse tal monstro feito de homem
O veneno do seu fruto tudo vai em violência,  maculando

Cada coração que abandona o amor, abraça o abismo
Ai de nós, vimos o semelhante ser  despido da própria dignidade
Aqueles que ceifaram as vidas em Nanquim, sorriram
Mas os anjos tristes não puderam  apagar essa dor

A história macula a eternidade dos corações malignos
O juízo não é um silencio colorido pós morte
O universo terá ânsias de vômitos, das almas negras
Cada ato indigno ecoará para sempre na existência humana.


Poema em memoria de todos os chineses que morreram vitimas do massacre de Nanquim ocorrido entre os anos de 1937 e 1938.

Clavio J. Jacinto


Phantasia in Anima

Há na minha alma seca, uma dor sentimental
Um acido e o fogo ardendo, sei lá
A sensibilidade dura do meu ser
Uma muralha de idéias que caíram
Restos mortais do passado
Gotas do tempo que passam como nuvens
Nevoas que escorregam  como vagões

Há na minha alma precoce
Um fluxo descontrolado de questões
Um porque? sei lá...
As estrelas se apagam de dia
As flores se regozijam no campo
Um dia após outro e elas desaparecem
Sem mesmo me deixar um talvez

Assim a minha alma desponta nesse mundo
Na transcendência de todas replicas imaginárias
Sairei do mundo, flutuando
Partirei como as bolhas emergentes
E quando ou for embora
Deixarei algumas fagulhas de saudades
Aplausos de minha ausência e nada mais...

Clavio J. Jacinto

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Alma Fugitiva


Corre minha alma
Corre atrás da minha esperança perdida
Quando encontrares
Guarda dentro do coração
Pois quem vive sem esperança
Morre  todos os dias
No escuro do desespero adormecido

CJJ

Alma de Palha


Entrego-me aos ventos
Como um coração em busca da saga
Alma de palha
Nas vagas ruas da vida
Nos subúrbios de um universo fechado
Jardim intimo dos meus choros
As fontes de minhas chagas no mundo

Elevo-me a tempestade
Redemoinhos torcem os sonhos de aço
Meus olhos pariram uma só lagrima
Nos berços de muitas galaxias
Flutuo como pétalas cuspidas por furacões
Caindo ferido no pó da lua

Nas esferas do poder da vida
Minhas palavras submergem no silencio secreto
Germina meus prantos nessa epopeia
Quando todas flores morrerem de fome
Estarei eu na seara de minha paciência
Para ouvir o campo lamentar ao grão de areia

Clavio J. Jacinto

A Alma do Silencio


Vou fazer uma viagem ao silencio
A ausência de vozes não é plenitude do nada
Mas pelo contrario
A ausência de todos os ruídos
Podem ser a completitude de todas as coisas

Vou navegar nas águas do silencio
A ausência do sons não provam a inexistência
Mas pelo contrario
Onde não há turbulências que estremecem
Pode repousar a mais profunda essência das coisas

Vou ser consolado pelo silencio
As muitas palavras ferem meu discernimento
As vezes o coração compreende com mais eficacia
Quando as palavras vão embora
Porque no silencio, vimos a alma da realidade.

Clavio J. Jacinto

Depois do Reino da Inocencia


A inocência é um mundo não bélico
Um reino escondido na humanidade
Poucos percebem sua realidade
Pois está escondida no coração das crianças

A inocência é um mundo sem guerras
Uma império de sonhos puros
Poucos percebem isso, pois vivem em vão
A alegria de ser não existe fora da simplicidade

A inocência é um lugar na alma infantil
Um remanescente do Éden na alma humana
Poucos percebem essa grandeza celeste na terra
Porque os homens crescem e perdem os sonhos.


Clavio J. Jacinto

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Estrelas e Outras Almas Noturnas



Do mar celeste em vagas praias do além
Suave mistério que invade nosso coração
Vem nuvens sedentas beber do oceano
Flutuar  na senda que navega a doce lua

Os mil vagões de estrelas vivas e brilhantes
Descarrilhadas no trilho da noite escura
Fazem as auroras boreais dançarem em frenesi
Um ato puro de contemplar em êxtase profundo

As ondas das horas, empurram a brisa
Num córrego de silencio, a ausência de gritos
Na dormência da humanidade, o vigia sorri
As estrelas tocam o solo do coração simples

Quantas magoas a alma da madrugada consola
Quantas fontes de inspiração dela fluem
Assim como a viúva atravessa a noite chorando
Outras almas puras atravessam ela sorrindo

Quando chega o fim da noite esplêndida
Arco e flecha de lampadas atingem o céu
Num despertar de mistico semblante da vida
Adormecemos, nas paródias enlutadas do cotidiano


Clavio J. Jacinto

Espinhos e Oceanos Suaves

Ouvi a voz da saudade em sopro eterno
Uma canção suave como o mel aos ventos
Moinho de lembranças e o pó dos sorrisos
Uma libertação do cativeiro de tantas ânsias

Ouvi o bramido de tantos olhares secretos
Uma noite remendada pelas suturas da saudade
A voz ancorada nessa alma sufocada
Uma viagem nas ondas do mar da tranquilidade

Quem dera-me atravessar o tempo
Passar pelo lado de lá de todos os anos
Onde possa ver minha solidão chorando
E então dizer que ainda sinto falta dela

Pois que sonhando na minhas vigilias internas
Flutuava na esperança de ver um santo amor
Onde minhas feridas num recinto fechado
Pudessem ser tocadas por dentro de minha dor

Ouvi a voz das praias nesses oceanos suaves
Um aroma de meus breves consolos de juventude
Quando o coração, mar das minhas magoas
Tragar em um só golpe, as naus dessas incertezas

Apenas ouvirei mais uma vez, tantos bramidos
Como um pássaro deslizando no sopro do beijo
Ali estarei eu, no cruzamento de todas vias
Buscando a minha alma que naufragou dentro de mim



CJJ

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Pitangas e Sorrisos


Pitangas e Sorrisos

Um dia, desse passado que não volta mais
Ainda criança no reino da minha infância
Recebi uma visita das lembranças
As arvores eram montanhas GIGANTES
Torres verdes cheia de braços consoladores
Turvas folhas e o barulho da cachoeira
As pitangas maduras eram pérolas
Pingos de lagrimas vermelhas do sangue do amor

Um dia, desse tempo amordaçado na antiguidade
Quando infante eu era e vagava em sorrisos
Veio a mim, memórias de minhas aventuras
Nas GIGANTES arvores subia á colher pitangas
Essas frutas que consolavam a minha pobre fome
Folhas verdes e o soprar dos ventos
Os pássaros cantando, eram doces canções
Eu subia ao sabor da vida errante

Um dia, acordei no agora aceso
Adulto, vagando em sentimentos e lembranças
Veio a mim, saudade da minha infância
Uma vontade de subir em uma arvore GIGANTE
Colher ameixas, jabuticabas e pitangas
Sentir as folhas do outono e a brisa da aurora
As águas do orvalho acariciando meus pés
Uma vontade enorme de rir e ser criança...




terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Sim! Eu Creio! (In Memorian)


Do céu á terra, alma de astros vespertinos
Um sorriso puro como o mais branco lírio
O alvorecer da vida e os sonhos tão lindos
Coração que expandiu-se em mil outros risos
Um despertar do belo viver em crer
Mil arco-iris em uma só tempestade
Apagam os trovões rebeldes da adolescência
Te acama, oh tempestade! te acalma!
Um grito, um cessar de risos o nascer do ódio
Uma pergunta árdua, um murmurio mais louco
Deus existe? Deus existe?
A fera saliva halito da violência
Pergunte as flores se las creem na primavera?
Pergunte as estrelas se ela creem no firmamento?
Um grito que sufoca a evidencia
Uma grave voz e terna e mais humana
Deus existe? Deus existe?
Pergunte aos morangos se eles creem no outono?
Pergunto as chuvas se elas creem no orvalho?
Uma resposta entre a reflexão e o desespero
Na linha do horizonte entre a terra e o paraíso
Sim! creio em Deus! Sim Deus existe!
Um cântico do fogo fatal,
Um sussurro na coragem, um beijo na ousadia
Tomba o corpo recente, na terra tumba
A alma levanta-se por forças das hostes angelicais
No paraíso canta ao colorido perpetuo
De todas as estações.

Poema em memória de Cassie bernall, morta em 1999, depois que confessou crer na existencia de Deus.

Autor: C. J. Jacinto

Sandalo e Areia

Desci ao deserto de tantas areias debulhadas
Sustentando o céu de estrelas acesas e espraiadas
Descalço eu descanso as minhas sandálias
Guardo a porta do coração, meros perfumes
O sândalo e as epopeias desses meus lírios
Bebo o cálice do vinagre, a alma minha, grita
Nesse vale de sal, o hálito é  o vento brando
Um santo remédio esse silencio insólito
Que não perturba minha saga de ser
Quem fere-me, são esses espinhos infiéis
Vagos protetores dos limões amargos
Sou ente descalço, assolado por feras perfurações
Abraço a paciência e prossigo
Sou um pioneiro em caminhos, reinos de aflitos
Um herói sem medalhas, num campo sem batalhas

CJJ

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

A Alma e o Tempo


1-
O tempo me dá um pedaço do seu silencio
Um fio infinito da ausência de todas as coisas
As palavras não existem, ecos vazios
Paginas em branco puro do éter eterno

2-
Nas entranhas férteis da minha mente
As frações do nada repousam numa vereda invisível
O campo de todos os vácuos, sem lamentos
Universo transparente da magnitude do nada.

(Ilusão de nós mesmos, Deus é acima de tudo)

3-Um florescer de luz, um desabrochar de inspiração
O prisma que emerge do profundo de meu ser
Paginas escritas nas  paredes do universo
Substancias da imaginação, letras de fogo,  sou poeta...

CJJ


Ressurreição




Que sufoco essas paredes do tumulo escuro
Fortalezas que impedem a doce respiração
Fria é essa terra, esse silencio frio e sepulcral
Duro cimento, flores de mármore,
Quebra o silencio,a borboleta singela
O pássaro canta na arvore
A Cigarra de verão no jardim
Trombetas celestes revolvem os átomos da morte
Uma fusão do som eterno com o pó adormecido
Do vazio fúnebre renasce o ser

Libertando a vida para a imensidão da eternidade

CJJ

Amor e Gratidão




Abriu-se a porta do amanhecer
A luz em solenidade em meu ser
A alma da quietude dentro de mim
O fluir da admiração pelo mais sagrado
Prostro-me em reverencia, e proclamo o amor
Amor ao criador e sua sublime criação
Eu mesmo como uma parte da vida
Que as palavras ainda que tão breves

Sejam dentro de mim, a eterna gratidão

CJJ