As vozes do deserto se misturam as palhas
Arautos do engano na sórdida rua da confusão
Num intrépido jogo de faz de contas
A arte de iludir pela sublimação das palavras douradas
Como nuvens carregadas de trovões
Vazias de gotas de chuvas que irrigam os campos
Pobres clamores que entronizam o ego
Ouço essas vozes no vale da decisão
Lá tantos falsos profetas sofrem de miopia
Não enxergam a condição humana
Porque dentro deles há entulhos
O poço do coração está quebrado como vaso inútil
Pois amam os primeiros assentos da miséria humana
Desejando todas as coisas para a satisfação própria
Clavio J. Jacinto
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