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sábado, 10 de agosto de 2019

Cálices de Papel



Cálices de Papel


Mundo negligente em chamas
Agonia dos suplícios da Babilônia
Que vozes de algozes ouço
A infâmia ferindo os mercadores
Desde que a falácia do ego reinou
A razão deificou a si mesma
Erguei-se e caiu infestada de desavenças
Nos opróbrios de monumentos quebrados
Outrora erguidos no reinado da falência.

Quanto vinho tóxico sorveu o mundo
Nas entranhas rebeldes das pústulas da ignorância
Com a escuridão reflete o anelo das maldições
Da fumaça estonteante da terra ao céu
Rompeu-se nas barganhas da triste alma
Esses contaminados odres de papel


Clavio J. Jacinto

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