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quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Prisioneiro do Tempo



Nas cordas do inverno me amarro
Sou prisioneiro desse frio congelante
Coração cálido e duro como diamante

Lábios amordaçados nessa ânsia eu corro
Preso na geada e nesse véu turbante
Enrijecido no vento sul que é tão constante

Eu com os olhos o norte todo percorro
Num caudaloso grito mais possante
É  a dor da saudade que quebra meu instante

Pra primavera das flores peço socorro
Pra sair dessa angustia passageira e dominante
Apenas pra viver o normal da vida de antes.


Clavio J. Jacinto

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