O tempo passa e as formas mudam
Como as flores levadas por um forte temporal
Tais navios náufragos sem rumo certo
Que na ressonancia dos ventos
Choram as angustias da estagnação
Como um ermo sem rosas
Espinhos secos que riscam a areia
A alma do homem solido e perdido
Cercada de ninharias invalidas
Nunca pode ser saciado por palhas
A vida passa correndo, é apressada
Como uma folha desprendida no sopro
Sem rumo e nas desmedidas da dor
Segue fugidia da maré do desespero
Sem um destino a chegar com firmeza
O acaso traz um axioma inexoravel
A vida se é acaso ao nada, perde o sentido
Longe de chegar ao começo, segue seu fim
Porque o sentido já não existe no começo
Como pode existir no fim de tudo?
Ah, homem! procura ver a origem da esperança
Ela não é a sublimação química de anseios
Nem o produto que a ilusão nos vende
A esperança tem um preço e uma realidade
A realidade é o amor e o preço a cruz de Cristo.
Clavio J. Jacinto
0 comentários:
Postar um comentário