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sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Caminho dos Perdidos


Quão cego andei perdido
Por pontes que ligavam ao nada
Celebrando meu medo da vida
Questionando minha existência

As amarguras eram sombras
Que assustavam minha órfã alma
Incertos eram meus passos pesados
Quão dolosos meu sujos atos

Percorria eu a fria neblina
Dormindo em pontes quebradas
Entre o mal da vida afiada
Minha vida de medonhos pecados

Que tristeza, migalhas e grilhões
Incertezas e decepções
Vago eu em deserto vazio
Sem destino e sem suave alivio

Mas daquela cruz cruente verteu
O remédio que cura minhas chagas
Aquelas abertas e profundas
Foram cobertas pelo sangue mais puro

Abriu-se um caminho, tão amado
Por diante daquele véu rasgado
Firmando meus pés na verdade
A imperecível redenção de Cristo

Hoje firme sigo caminhando
Na perfeita obra da cruz confiando
Na graça que eu nunca merecia
Mas alcançou-me o Senhor com santa

                                         Misericórdia.

Clavio J. Jacinto


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