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segunda-feira, 6 de novembro de 2017

A TEMPESTADE

A voz do trovão ordena as chuvas
Descem as gotas pelos cais do mundo
Presa nas trevas estava minha alma
Mas em santo refugio encontrou o amor

As roseiras libertam as doces  pétalas
Os espinhos rasgaram as paredes da dor
Em grilhões de ânsias, tanto clamei
Queria um descanso e uma esperança

Os espantalhos são arrancados dos montes
A escuridão ecoa pelo entardecer
Um murmúrios a minha alma canta
teu consolo e tua proteção chegaram

Livre navego no ermo que floresceu
A eira das perolas brilham, amanheceu
As estrelas jubilam depois da noite
A força da fé é abrigo no porto da esperança

Clavio J. Jacinto

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