I
Transbordante é o frio orvalho mais doce
Entre os lírios brancos de meus choros
Como torrentes de bálsamos aromáticos
Mais fértil que absinto de tempestades errantes
II
As borboletas flutuantes suspensas em mim
O néctar nesse admirável mundo novo
Fraudes de uma distopia que encanta cegos
Eu sou testemunha dessas sentinelas estelares
III
Eu grito ao vento que fere o hibisco
Minha voz empoeirada desse submundo
Naufrágios abissais de todas as minhas angustias
Portais caídos de todos meus desesperos
IV
Mas os braços eternos da misericórdia
Colhem os coágulos acentuado de meus clamores
As dores fragmentadas dos meus lamentos
Semeando elas na fecundidade do amor divino
Clavio J. Jacinto
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