Ferido o amor exala a vida
Se são profundas as chagas das
ofensas
Libera perdão
Como o sândalo moído liberta doce
arômata
O sulco cravado pelo arado de aço
Na terra que agoniza germina as
flores agrestes
Ferido o amor é como a pedra bruta
Que no cinzel torna-se arte
O barro cru amassado vira vaso nas
mãos do oleiro
O amor ferido é como ostra
Na agressiva dor do sofrimento produz
a perola
O casulo é um insulto larvar
Na pressão da vergonha vira borboleta
No tardar da noite fria a madrugada
doa ao mundo
A estrela da manhã
O amor é a revolução da vida ferida
no centro da essência
Frutifica as mais nobres virtudes
Para fortalecer o espírito humano
Clavio J. Jacinto
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