quarta-feira, 10 de julho de 2019
A FUGA
A FUGA
Desse vale vou fugindo, eu corro
Como prisioneiro do susto e me solto
Das entranhas dessas sombras me dissipo
Não imagino a tal dissimulação
Corro pra longe da turba
Com um turbante eu escalo a montanha solitária
Aquela colina onde a relva descansa
Ali me deito no leito da terra pra descansar
Quando já foragido nos bosques
Ninguém me busca como desaparecido
Mesmo que não desapareça meus afetos
Amo a solidão com as estrelas amam a noite
E que ao longe avisto mar
Na íngreme subida que e cume do refeito ar
No êxtase do belo que me prende o respirar
Não é fuga é libertação
Que das luzes artificiais fugi das fantasias
mas no espetáculo da noite e do intenso alvorecer
Alva ficou minha alma de tantos encantos
Dessa fuga, em sorrisos tornaram-se meus prantos.
Clavio J. Jacinto
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