Era Uma terra devastada e tão nua e
vazia
Nas noites que a desordem clamava e
jazia
Num antro que nebulosas escuras
prevaleciam
Atóis de fogo em cinzas e brasas que
ardiam
Sem forma e em oceano de desordens
Nos prantos que o caos em simulacros
acodem
Numa terra que em vastos chãos
queimavam
Ali nos raios cósmicos e tais sombras
reinavam
Nos cristais que flutuavam e ouro
inflamado
O carbono que nas chamas do fogo
dançavam
Que do caos a pedra e o ferro
borbulhavam
Por essas frestas do passado tanto me
assustava
Rios sem bálsamos e jardins sem
flores
Tais épicos seriam de tantos cruéis
horrores?
Ou seria o berço onde nasceriam todas
as dores?
Os silvos dos ventos respondem que
(Não)
Das vastas ondas dos cruéis sopros e
vendavais
Pois dessas desordens não encontro o
cais
Inseguro nos lampejos desse
entardecer
Que das pompas, súbitos estrondoso a
estremecer
Que das póstumas ruínas desse fel me
escondo
Dos meus pêsames e os sulfúreos
vendavais
Aconchego-me nas minas da terra e
ainda mais
Nos restos mortais de Babel e seus
escombros
As pontes de um cálice que das águas
ecoa
Para que em breu fumo que sai, o céu
entoa
Num relance a voz que do alto sublime
bradou
(Haja luz) e da aurora perfeita, a
luz da ordem raiou...
Clavio J. Jacinto
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